A coluna semanal “ESG na Prática”, aborda um assunto que impacta profundamente o ambiente corporativo e a sociedade como um todo: o assédio no trabalho. Os números alarmantes de assédio e violência no ambiente de trabalho ressaltam a necessidade de práticas robustas de ESG.
Integrando essas informações, é crucial destacar que o assédio sexual foi criminalizado há mais de duas décadas, e ainda assim, continua sendo uma questão crítica nos ambientes corporativos.
(Créditos: Reprodução/Internet)
Recentemente, em abril de 2023, foi instituído um programa federal de prevenção e enfrentamento ao assédio sexual na administração pública. Esse avanço legislativo reflete um esforço contínuo para erradicar essa conduta dos espaços de trabalho, estendendo-se também ao setor privado.
O Tribunal Superior do Trabalho relata uma média diária de 220 novos processos relacionados a assédio moral e sexual, um número que sublinha a persistente relevância do tema. A criação de novas leis de proteção tem incentivado as vítimas a denunciar, fortalecendo a cultura de transparência e responsabilidade nas organizações.
Uma análise conjunta feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), Lloyd’s Register Foundation (LRF) e Gallup revelou dados alarmantes: mais de 23% dos trabalhadores ao redor do mundo foram vítimas de violência e assédio no trabalho, seja físico, psicológico ou sexual. Este estudo, intitulado “Experiências de violência e assédio no trabalho: Primeira pesquisa mundial”, baseado em entrevistas com quase 75 mil pessoas em 121 países, ilumina a extensão e a gravidade deste problema global.
As descobertas são consistentes com outras estatísticas preocupantes: no Brasil em 2023, 41% das denúncias no ambiente de trabalho envolveram assédio moral, agressão e abuso de poder. Destas, as mulheres foram afetadas em 11,8% das vítimas, comparadas a 9,3% dos homens, com 74,1% dos casos de assédio moral e 74,4% dos agressores sendo superiores hierárquicos das vítimas. O que acarreta também em profundas repercussões na saúde mental dos trabalhadores, potencializando riscos de depressão, síndrome de burnout e estresse crônico.
Os motivos para o silêncio das vítimas incluem vergonha, medo pela própria reputação e a percepção de que denunciar seria uma perda de tempo, indicando uma grave falta de confiança nas instituições. Isso ressalta a necessidade urgente de que líderes empresariais e reguladores abram os olhos para essas realidades e implementem mudanças significativas. Não apenas como uma medida de compliance, mas como um compromisso genuíno com a dignidade e o respeito humano.
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Sabemos que é primordial que as empresas adotem políticas de não tolerância ao assédio, práticas de transparência e estratégias de inclusão para combater ativamente esses comportamentos nocivos. Afinal, a negligência em tratar essas questões pode resultar em severas consequências legais, financeiras e de reputação.
Esses números não só destacam uma crise de abuso de poder e violência, mas também a importância de uma governança corporativa robusta, de práticas de ESG eficazes e enfatiza a criação de ambientes de trabalho seguros e positivos, promovendo não apenas a saúde mental, mas também a sustentabilidade corporativa.
É um lembrete poderoso de que a integridade e o bem-estar dos colaboradores são essenciais para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer negócio. Um ambiente de trabalho saudável não é apenas um direito básico, mas também uma fonte inestimável de produtividade e inovação.
Investir em práticas que promovam a saúde, a segurança e o bem-estar dos funcionários é fundamental para a construção de uma empresa verdadeiramente longeva e sustentável. Afinal, empresas que cuidam bem de seus colaboradores constroem não apenas um futuro melhor para sua força de trabalho, mas também para si mesmas e para a sociedade como um todo.
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