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    Cozinha sem Chef

    Bacalhau e chocolate: sabores que contam histórias

    20 de abril de 2025Updated:20 de abril de 2025Nenhum comentário7 Minutos de Leitura
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    Bacalhau e chocolate: sabores que contam histórias
    (Créditos: Internet/Unsplash)

    Na Páscoa brasileira, dois protagonistas dividem a cena à mesa: o bacalhau salgado, vindo do Atlântico Norte, e os ovos de chocolate, embrulhados em brilho e nostalgia.

    O que eles têm em comum? Talvez muito mais do que se imagina. E, ao mesmo tempo, quase nada. Enquanto um carrega séculos de fé, o outro simboliza a renovação doce da vida.

    Juntos, revelam a alma múltipla desse feriado: espiritual, familiar, comercial — e profundamente cultural. Fora da mesa, continuam fazendo história!

    O fiel amigo: a história do bacalhau

    A relação entre Portugal e o bacalhau remonta ao século XV, durante as grandes navegações. Foi nos bancos pesqueiros do Atlântico Norte que os portugueses encontraram o Gadus morhua, o autêntico bacalhau, ideal para salgar, secar e conservar por longos períodos. Essa durabilidade tornou o peixe indispensável para longas viagens marítimas — e também para os dias de abstinência religiosa impostos pela Igreja Católica.

    Do século XVI ao XVIII, mesmo após perder o domínio sobre a pesca para ingleses e franceses, Portugal consolidou sua identidade alimentar em torno do bacalhau salgado e seco, importado em grandes quantidades e presente em lares de norte a sul.

    A travessia do Atlântico

    No Brasil colonial, o bacalhau já era consumido, especialmente em centros portuários. Mas sua presença se intensificou com a chegada da corte portuguesa em 1808. No Rio de Janeiro, a família real não apenas trouxe hábitos europeus como também os legitimou socialmente.

    O bacalhau passou a figurar em banquetes aristocráticos e refeições religiosas durante a Semana Santa. A partir do século XIX, o costume de consumir bacalhau na Páscoa foi se enraizando também entre a população urbana de classe média — como sinal de tradição, religiosidade e prestígio.

    Do Estado Novo à tradição brasileira

    No século XX, o ditador português António de Oliveira Salazar consolidou o bacalhau como símbolo nacional. Em campanhas que exaltavam a fé, a simplicidade e a identidade do povo, o peixe passou a ser chamado de “fiel amigo” — nome que ecoa até hoje em famílias portuguesas e luso-brasileiras.

    No Brasil, o costume se firmou principalmente no Sudeste e no Sul, mas também se espalhou de forma adaptada para outras regiões. Em alguns lugares, peixes locais substituem o bacalhau, mas o espírito da tradição permanece: uma refeição especial, sem carne, que marca a Sexta-feira Santa.

    Bacalhau e chocolate: dois símbolos, uma só Páscoa

    Como já descrito, o bacalhau representa fé e tradição, ligado à espiritualidade e às práticas religiosas. Em contraste, os ovos de chocolate falam de renascimento, afeto e celebração.

    Herdados de antigas tradições pagãs — que já celebravam a fertilidade com ovos decorados — esses símbolos foram absorvidos pelo cristianismo e reinventados pela indústria. No Brasil, os ovos de chocolate surgem em vitrines e gôndolas com tamanhos variados, recheios criativos e embalagens encantadoras. Tornaram-se parte essencial da Páscoa contemporânea, principalmente para as crianças.

    Na mesa, bacalhau e chocolate coexistem como espelhos da própria Páscoa: um momento de dualidade entre espiritualidade e festa, entre o sagrado e o doce.

    Outras boas leituras de Cozinha sem Chef:

    • Do Paleolítico ao prato: a jornada dos crustáceos na história e na nossa mesa
    • Meu novo hobby: descobrir a arte e o sabor por trás da coleção de Pratos da Boa Lembrança
    • Moqueca para todo gosto

    Receitas com espírito de Páscoa

    Seguem duas receitas para quem quer fugir do tradicional e resgatar, não importa a época do ano, esse clima saboroso de Páscoa.

    A primeira traz uma releitura moderna; a segunda relembra a criatividade da gastronomia molecular ao unir a tradição do bacalhau com a ousadia do chocolate.

    Antes de torcer o nariz para a combinação, sugiro que experimentem. Vale muito a pena — e surpreende positivamente!

    Bacalhau confitado com espuma de azeite e purê de batata-doce

    (Créditos: Arquivo pessoal)

    Rendimento: 4 porções
    Tempo de preparo: 2 horas
    Nível: Avançado

    Ingredientes

    Para o bacalhau:

    • 4 lombos de bacalhau dessalgado (180g cada)
    • 500ml de azeite de oliva extravirgem
    • 4 dentes de alho fatiados
    • 1 ramo de alecrim
    • 1 ramo de tomilho
    • 1 folha de louro

    Para a espuma de azeite:

    • 150ml de azeite de oliva suave
    • 100ml de caldo de legumes
    • 1 folha de gelatina incolor sem sabor
    • Sal a gosto

    Para o purê de batata-doce:

    • 2 batatas-doces médias (cozidas e descascadas)
    • 2 colheres (sopa) de manteiga
    • 1/2 xícara de creme de leite fresco
    • Sal e noz-moscada a gosto

    Modo de preparo

    1. Bacalhau confitado:
      Aqueça o azeite com o alho, alecrim, tomilho e louro (cerca de 80 °C). Mergulhe os lombos de bacalhau e cozinhe lentamente por 30 a 40 minutos. Reserve.
    2. Purê de batata-doce:
      Amasse as batatas, misture com a manteiga e o creme de leite. Tempere com sal e noz-moscada. Mantenha aquecido.
    3. Espuma de azeite:
      Hidrate a gelatina. Aqueça o caldo de legumes e dissolva a gelatina nele. Misture o azeite e leve à geladeira por 30 minutos. Bata com mixer para formar espuma na hora de servir.

    Montagem
    Sirva o purê como base, acomode o lombo de bacalhau por cima e finalize com a espuma de azeite. Decore com brotos, ervas frescas ou pó de azeitona para um toque moderno.

    Terra e mar com chocolate

    (Créditos: Arquivo pessoal)

    Ingredientes

    Para o nhoque de mandioca:

    • 500g de mandioca cozida e amassada
    • 1 gema
    • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo (aproximadamente)
    • Sal e noz-moscada a gosto

    Para o ragu de bacalhau:

    • 300g de bacalhau dessalgado e desfiado
    • 2 colheres (sopa) de azeite de oliva
    • 1 cebola roxa picada
    • 1 dente de alho
    • 1/2 pimentão amarelo em cubinhos
    • 1 tomate sem pele picado
    • Coentro ou salsa a gosto

    Para a redução de chocolate:

    • 50g de chocolate amargo 70%
    • 100ml de vinho tinto seco
    • 1 colher (sopa) de melado de cana
    • 1/4 de pimenta-dedo-de-moça (sem sementes e picada finamente)
    • 1 colher (chá) de vinagre balsâmico
    • Sal e pimenta-do-reino a gosto

    Modo de preparo

    1. Nhoque de mandioca:
      Misture a mandioca amassada ainda morna com a gema, o sal, a noz-moscada e a farinha, aos poucos. A massa deve ficar firme, mas macia. Modele os nhoques e cozinhe em água fervente até subirem. Reserve.
    2. Ragu de bacalhau:
      Refogue a cebola, o alho e o pimentão no azeite até murchar. Acrescente o bacalhau e refogue rapidamente. Junte o tomate e cozinhe por 5 minutos. Finalize com coentro ou salsa.
    3. Redução de chocolate:
      Em fogo baixo, reduza o vinho com o melado, o vinagre e a pimenta-dedo-de-moça até encorpar (cerca de 1/3 do volume). Desligue o fogo, junte o chocolate picado e mexa até derreter. Ajuste sal e pimenta.

    Montagem

    Sirva 4 a 5 nhoques por porção, com o ragu de bacalhau por cima. Finalize com fios da redução de chocolate. Decore com brotos, flor de sal ou pétalas comestíveis.

    Notas do Chef:

    • A pimenta-dedo-de-moça foi ajustada para trazer leve picância. Se preferir menos ardor, adicione apenas uma pitada ou use pimenta-de-cheiro.
    • Raspas de laranja ou limão-siciliano podem ser um excelente toque aromático se quiser um perfil mais fresco para a redução.
    • As fotos que ilustrariam essas receitas foram feitas por mim no sítio. Houve um acidente: deixei a vasilha cair e a espuma se esparramou pela cozinha. Na finalização, usei um molho de azeite aromatizado com ervas.
    • Os fios de chocolate também derreteram enquanto tentava tirar as fotos — mas o sabor, posso garantir, ficou maravilhoso.

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    * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.

    Dr. Sidney Sredni é neurologista, mas também tem outra paixão: a cozinha! Desde 1984, ele vem aperfeiçoando suas habilidades culinárias e técnicas em cursos, leituras e viagens. Essa jornada, que começou por necessidade, logo virou um hobby sério e parte fundamental de sua terapia pessoal.
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