O que não escrevi nesses quinze dias.

Por May Parreira 🍀

Depois da última coluna sobre a pré-Flip, comecei um texto sobre o balanço da Festa Literária Internacional de Paraty, li várias matérias, além de minhas próprias anotações. Vieram coisas sem fim (eventos, lançamentos, novos contatos, antigas conversas penduradas, exames médicos, cachorro com dor de ouvido), e esqueci o caminho das palavras.

Mas vamos aos dados (alguns).

Três gerações (Créditos: Arquivo pessoal)

Paraty teve uma quase total lotação na rede hoteleira (95%). A chuva, prometida pela meteorologia caiu em São Paulo e não atrapalhou o ‘andamento’ sobre pedras.  

A curadora Ana Lima Cecílio acertou na diversidade e ao dividir o palco entre novos nomes brasileiros, alguns estrangeiros e celebridades. Felipe Neto, que lançou Como Enfrentar o Ódio, dividiu a mesa com Patrícia Campos Mello (A Máquina do Ódio). O francês Edouard Louis, deixou a plateia angustiada com sua narrativa autoficcional e Jeferson Tenório mostrou porque é um nome importante da literatura nacional. Carla Madeira ficou para o final, na mesa de domingo, com Silvana Tavano e Mariana Carrara. Ótimas!

Não dá para resumir o que foi a festa (espalhada pelas diversas ‘casas’ parceiras, ‘casas’ independentes, bares, restaurantes, pedras e pés. Dê um Google ou assista às mesas pelo Youtube.

Diluída, com muitos autores desconhecidos do grande público, erros de logística (as editoras independentes sofreram com o local de acesso), a Flip se mantém. Se houver patrocínio, vão levar o evento para final de julho/começo de agosto, em 2025.

Na livraria da Flip (Travessa) foram vendidos mais de 15 mil exemplares, entre eles, o da coreana contemplada com o Nobel de Literatura 2024, Hang Kang (A Vegetariana).

A lista dos mais vendidos:

• A Alma Encantadora das Ruas, João do Rio;
• A Mais Recôndita Memória dos Homens, Mohamed Mbougar Sar;
• Quero Estar Acordado Quando Morrer: Diário do Genocídio em Gaza, Atef Abu Saif;
• Descolonizando Afetos: experimentações sobre outras formas de amar, Geni Nuñez;
• Felizes Por Enquanto: Escritos Sobre Outros Mundos Possíveis”, Geni Nuñez
• Canção do Amor, Txai Suruí;
• O Avesso da Pele, Jeferson Tenório
• Mudar: Método, Édouard Louis
• O Desafio Poliamoroso: Por Uma Nova Política Dos Afetos, Brigitte Vasallo
• Monique se Liberta, de Édouard Louis

Paloma Jorge Amado (Créditos: Arquivo pessoal)

Manhã na janela de casa (Créditos: Arquivo pessoal)

Eiras e Beiras (Créditos: Arquivo pessoal)

(Créditos: Arquivo pessoal)

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Tati Iaconelli e May Parreira

May Parreira é psicóloga, professora, supervisora e terapeuta há 25 anos. Sua filha, Tati Iaconelli, é formada em propaganda e marketing. Juntas, comandam o Ofício das Palavras, editora e estúdio literário que tem como objetivo lançar novos talentos da língua portuguesa.

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