Gigantes em ação: como a Toyota, Natura e Boticário transformam o futuro
Redação spriomais • 27/10/2024, às 9:58
Nesta semana, quero trazer exemplos concretos em sustentabilidade e destacar o impacto que empresas como Grupo Toyota, Natura e Boticário (entre muitos outros) estão tendo em ESG (Ambiental, Social e Governança).
Esses gigantes não apenas adotaram práticas sustentáveis em suas operações diárias, mas também ajudam a moldar políticas públicas e colaboram ativamente para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas, o que se torna cada vez mais urgente.
Toyota e a sustentabilidade
O Grupo Toyota, por exemplo, é um dos pioneiros, ao aplicar o Toyota Production System (TPS) com uma pegada ambiental. Mais conhecido pela eficiência em reduzir desperdícios, o TPS foi expandido para incluir a preservação de recursos naturais e outras áreas.
Um exemplo inspirador é o projeto “Águas da Mantiqueira”, que visa revitalizar bacias hidrográficas na região que leva o nome do projeto, na Serra da Mantiqueira. O projeto protege nascentes essenciais para as futuras gerações e valoriza as pessoas locais, que são as guardiãs desse importantíssimo ecossistema.
(Créditos: Divulgação/Fundação Toyota Brasil)
Essa abordagem mostra como o compromisso com o meio ambiente e o social, unidos a uma governança sólida, tanto do poder público quanto privado, podem ser uma extensão da cultura organizacional de uma empresa.
Confira abaixo o podcast ESG na Prática, com José Roberto Manna, Coordenador do Projeto Águas da Mantiqueira, da Fundação Toyota do Brasil & Fundepag, e Marcelo Manara, secretário de Urbanismo e Sustentabilidade de São José dos Campos.
Eu e Fabiano Porto exploramos a fundo o projeto “Águas da Mantiqueira”, que vai muito além de uma iniciativa ambiental, pois envolve ações verdadeiras com as secretarias de educação, saúde, entre outras, para ouvir e valorizar as pessoas que ali habitam.
Para quem acompanha o setor, não é surpresa que o TPS tenha impacto direto em questões sociais e ambientais. Já rendeu à Toyota uma redução de até 40% nos resíduos globais, um dado impressionante que reflete o poder de uma mentalidade sustentável. Além disso, as metas de neutralidade de carbono até 2050 reforçam que esse compromisso não é temporário e visa o longo prazo.
Natura e Grupo Boticário: conservação e impacto social
Natura e Grupo Boticário também têm se destacado nessa direção, com iniciativas de conservação que vão muito além do discurso. A Natura, por exemplo, ajudou a preservar mais de 2 milhões de hectares da Amazônia e impactou diretamente milhares de famílias locais. O Grupo Boticário, por sua vez, investiu mais de R$ 80 milhões para conservar ecossistemas em mais de 11 mil hectares. Essas ações trazem benefícios não só ambientais, mas também socioeconômicos para as comunidades ao redor.
Essas empresas mostram que, quando o assunto é clima, a força da colaboração é o que faz a diferença. Iniciativas como o “Águas da Mantiqueira” provam que, quando setor privado, governos e comunidades se unem, os resultados ganham escala e profundidade.
O momento pede que mais empresas sigam esses exemplos e integrem práticas ESG em seus negócios, pois a conscientização dos consumidores está em alta, e eles querem ver compromisso real. Mais do que uma tendência, o uso responsável dos recursos naturais já se tornou um requisito básico para o sucesso no mercado global.
Vale lembrar que essas ações vão muito além de marketing ou exigências legais. Projetos de restauração de ecossistemas e tecnologias sustentáveis criam um impacto real e profundo, incentivando outros a seguirem pelo mesmo caminho.
No caso da Toyota, o uso do TPS em sustentabilidade é uma aula de como eficiência e preservação podem andar de mãos dadas. Natura, com sua ligação com a Amazônia, e o Grupo Boticário, com suas áreas de conservação, nos mostram que é possível ter sucesso empresarial com responsabilidade ambiental.
Lucro com impacto positivo
Como sempre digo, hoje não existe sustentabilidade sem lucratividade, nem lucratividade sem sustentabilidade. São forças que precisam estar em equilíbrio, sem que uma se sobreponha à outra.
Para o futuro, será essencial que mais empresas adotem essa mentalidade colaborativa, buscando não só o lucro, mas também uma contribuição positiva para o mundo. Em tempos de urgência climática, essas iniciativas deixaram de ser apenas bem-vindas e tornaram-se fundamentais.
O futuro depende de nossa capacidade de agir com responsabilidade, pensar coletivamente e implementar soluções sustentáveis que preservem o meio ambiente e tenham um olhar social voltado para o cuidado com as próximas gerações. É possível lucrar gerando impacto positivo!
* A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.
Luís Magalhães
Luís Fernando Carneiro Magalhães é co-fundador e sócio-diretor da srtatup joseense O2eco Tecnologia Ambiental, cujo objetivo é deixar um impacto positivo no meio ambiente. Estudou Agronomia na UFFRJ e Business & Marketing na Universidade Católica da Austrália e na Universidade de Canberra.
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