Fuja de candidato ‘fujão’

Evitar debates e dar as costas ao cidadão, que espera respostas às suas dúvidas, não são uma boa estratégica para quem depende de voto para chegar a algum lugar.

Nos bastidores políticos, a pergunta que paira no ar é se Eduardo Cury (PL) irá ou não participar do debate da TV Band Vale, previsto para 21 de agosto.

Afinal, ele vai ou não vai?

EduardoCury, candidato a prefeito de São Josédos Campos pelo PL (Créditos: OECD/Maud Bernos)

Candidato a vice-prefeito na chapa de Cury e presidente do diretório do PSDB de São José dos Campos, José de Mello Corrêa não diz nem sim, nem não. Segundo ele, o assunto será definido neste fim de semana pelos partidos da coligação. Tá bom, vamos esperar. Mas, afinal, qual o receio de Eduardo Cury, candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto, em participar de um debate de TV que, tradicionalmente, abre a campanha eleitoral na cidade?

Aí cada um tem uma explicação.

Tem gente que acha que Cury, agora no PL, quer repetir a estratégia adotada por Jair Bolsonaro, de não dar mole com a imprensa. Outros acreditam que ele, líder das pesquisas, tenta evitar perguntas incômodas que sempre surgem em um debate de TV.

Teria Cury algo a esconder? Alguns acham que, na verdade, Cury, apesar de sua experiência de prefeito e deputado, não tem lá muita coisa a dizer. Das três, acho essa hipótese pouco provável. E, claro, existem outras hipóteses, algumas impublicáveis, outras alucinadas.

O fato, no entanto, é um só: até agora, Cury não confirmou participação, nem no debate, nem nas sabatinas que a Band pretende fazer com os candidatos. E aí surge uma dúvida: se ele não vai em um, pode faltar também nos outros?

Olha, tenho grande respeito por Eduardo Cury, mas, cá entre nós, não gosto de candidato que foge do enfrentamento.

Espero que os “cardeais” do PL, PSDB e afins reflitam bem, ponderem e aceitem a participação de Cury não só no debate de 21 de agosto, mas em outros debates importantes, sabatinas e entrevistas que surgirem ao longo desta campanha.

Se um candidato “foge” de debater; de responder a perguntas, mesmo que elas sejam críticas ou incômodas; de prestar esclarecimentos ao eleitor enquanto ainda depdende do voto, imagine como ele vai se portar, caso eleito? Com certeza boa coisa não vai dar.

Segue o baile…

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Hélcio Costa

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