Os sistemas da arte incluem a produção, a distribuição e o consumo. Algumas novas redes vêm se estruturando decorrentes de falta de estrutura nos dois últimos pilares citados, pois a produção em nossa cidade nunca esteve tão forte e potente.
Seria como abrir várias abas na sua tela com o termo artes visuais em S. José dos Campos e descobrir os inúmeros ateliês e coletivos que se mobilizam em rede para mostrar, apoiar, divulgar e criar um mercado de arte na cidade.
A recém fechada Galeria Poente mantém sua chama criativa nos proporcionando novas possibilidades de encontros com artistas e exposições. Já ocorreram três visitas pelo projeto Roteiro de Ateliês em São José dos Campos.
Conhecer o espaço de um ateliê guiado pelo próprio artista é abrir novas percepções sobre a arte e os processos criativos. Cada ateliê é único, cada artista desenvolve método próprio com organização, pesquisas, materiais, referências e tempo de produção.
No coração da produção
À primeira visita foi ao ateliê da artista Cidinha Ferigoli. Pudemos apreciar suas belas pinturas em grandes formatos e ouvir sobre seu processo criativo, suas percepções sobre as cores, as camadas mais diluídas e seu interesse pelas imagens casuais que surgem. Pintora e gravadora, além de desenhista, iniciou novas pesquisas com desenho digital. (@cidinhaferigoli )
A artista Fabiolla Canedo recebeu o grupo no seu ateliê recém inaugurado com pinturas, esculturas e desenhos.
“Em suas pinturas privilegia o movimento, relevo, texturas, uso de cores neutras e orgânicas; em suas esculturas, utiliza componentes naturais como madeira, pedras, tecidos e objetos encontrados, em seus desenhos explora o carvão, tinta china, café e elementos naturais”. (https://www.fabiollacanedo.com/)
Evaldo Eras, mosaicista veterano nessa arte, recebeu o grupo em seu ateliê e falou sobre essa arte milenar de colar tesselas em formatos distintos numa organização, diversidade de cores e materiais. Seus trabalhos são figurativos ou abstratos e sua pesquisa com materiais é permanente. (@evaldoeras)
Outras visitas acontecerão e você pode acompanhar e se inscrever pelo instagram da Galeria Poente. (@galeriapoente). É importante mencionar que a galeria gerou conexões entre vários grupos, coletivos e artistas jovens.
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Casa 346, pode entrar
O Casa 346 (@casatelie346) surge como novo local de práticas artísticas, encontros e trocas com artistas que se conectaram através de exposições e mentorias desenvolvidas na galeria. Casa 346 é um local de liberdade e pesquisa com as artistas comprometidas com o vigor de suas produções e com certeza com as interações que esse coletivo proporcionará.
O Coletivo Gostaríamos tem sede no centro da cidade e atua desde 2020 fazendo exposições, fomentando vivências artísticas, lançamento de livros etc. Conheça mais sobre esse espaço compartilhado onde os artistas locais são muito bem vindos. (https://www.gostariamos.com/)
A Galeria Arte na Rua, criada e produzida pelo artista Gilberto Marques tem mantido possibilidades expositivas para artistas em locais alternativos e diversos como cafés e associações. Também já produziu exposições na Casa do Médico e na La Galerie que pertence à Aliança Francesa. (@naruagaleria)
A Belo Brasil Galeria, localizada no Shopping Colinas trabalha com mais de 50 artistas e sua proprietária, a artista Cristina Demétrio, promove uma agenda de exposições coletivas que você pode encontrar no instagram da galeria (@galeriabelobrasil).
O mais longevo ateliê de gravura que permanece atuando desde 1998, fundado pelos artistas George Gütlich e Fabio Sapede, atualmente tem sede na zona rural, mais precisamente na belíssima paisagem da Vargem Grande. Nessa mudança, saída do bairro de Santana, a encadernação manual ganha mais importância com a parceria entre Claudia Paranhos e Carmem Sapede; surgiu assim o De Etser Encadernação. O De Etser Santa Clara, uma das referências brasileiras na arte da Gravura, tornou-se um complexo de arte e cultura. (https://deetser.art/)
Feira Literográfica
A importante e inédita feira de arte gráfica, Literográfica, produzida pela editora Lote 42, que aconteceu no SESC, trouxe um cenário que propiciou o encontro da potente produção local com uma diversidade de publicações envolvendo designers, artistas gráficos, poetas e editores. As feiras conquistaram as Artes Gráficas, as pequenas e grandes editoras numa agenda anual. Seu formato permite desde palestras a oficinas, além do contato direto com os artistas.
O Teatro Marcelo Denny inaugura nova exposição dia 27 julho com aquarelas da jovem artista Daena Lee.
A Somos Editora e a APVE realizam o lançamento do livro Gênio Indomável e a exposição de arte de José Ramis no próximo mês de agosto.
Uma exposição que permanecerá até setembro em S. José dos Campos- J. Borges, o Mestre da Xilogravura – conta com 66 xilogravuras além de várias matrizes. Uma oportunidade para conhecer a obra deste cordelista pernambucano que tão bem retratou o cotidiano do agreste. No Espaço Galeria do SESI você conta com uma equipe de arte educação e visita monitorada. Não perca essa.
Finalmente a imperdível exposição “Gütlich – entre mundos”, com curadoria do De Etser Atelier acontece no Museu Municipal de São José dos Campos. Momento único de agrupamento das várias fases do pintor distribuídas pelas salas Trópicos, Inverno, Personagens, Fase Branca e Desenhos e Guaches. Um artista que contribuiu imensamente para as artes plásticas de nossa cidade cuja produção pictórica é arrebatadora. Vá mais de uma vez.
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