É importante entendermos como as mudanças climáticas estão sendo avaliadas economicamente em escala global. Geralmente, essas avaliações se concentram nas variações anuais da temperatura, mas estudos recentes estão ampliando esse espectro para incluir outros fatores climáticos importantes, como a precipitação, a variabilidade da temperatura e eventos climáticos extremos.
Um estudo relevante demonstra que se as temperaturas globais aumentarem em 3°C, poderemos ver perdas econômicas equivalentes a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Esta perda pode ser ainda mais dramática, chegando a 17%, em países mais pobres situados em latitudes baixas, um valor estimado em R$200 trilhões.
(Foto: Divulgação)
Embora as variações anuais de temperatura sejam significativas, quando se adiciona a variabilidade e os extremos climáticos à análise, percebe-se um aumento nas perdas econômicas globais de quase dois pontos percentuais, intensificando os riscos econômicos extremos.
Os modelos climáticos combinados com funções de resposta empíricas mostram que além da temperatura média, variáveis como padrões de precipitação e eventos extremos de chuva são cruciais e devem ser integrados para uma avaliação mais precisa dos impactos das mudanças climáticas. Esse entendimento reforça a necessidade de avaliações de risco específicas para cada região e a inclusão de mais variáveis climáticas para compreender melhor esses impactos. Já abordei o impacto das mudanças climáticas nas vinícolas da Argentina e do Chile, bem como os possíveis efeitos no Brasil, especialmente relacionados à escassez de chuvas que pode afetar a produção de café no sul de Minas Gerais e a de soja no Centro-Oeste do país.
Portanto, é evidente que abordar apenas as mudanças de temperatura anuais é insuficiente. A inclusão de uma gama mais ampla de indicadores climáticos pode não apenas aumentar a precisão das estimativas de danos, mas também ajudar a formular políticas mais eficazes para mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
As empresas estão cada vez mais engajadas em práticas de gestão ambiental proativa, buscando minimizar seus impactos no meio ambiente. Elas estão reduzindo emissões de gases de efeito estufa, gerenciando de forma sustentável os recursos hídricos e se adaptando a padrões climáticos em constante mudança. A conscientização sobre os impactos econômicos das mudanças climáticas é essencial para que essas companhias alinhem suas estratégias ambientais com a mitigação de riscos financeiros e operacionais.
A transparência sobre os riscos climáticos é um pilar crucial nas práticas de ESG. Empresas que avaliam e divulgam como a variabilidade climática e eventos extremos que podem afetar suas operações estão mais bem posicionadas para atrair investimentos responsáveis e sustentáveis.
Na frente da inovação, o conhecimento aprofundado dos efeitos econômicos das mudanças climáticas incentiva o desenvolvimento de produtos e serviços que contribuem para a resiliência climática. Isso pode incluir tecnologias mais eficientes, práticas agrícolas adaptadas e soluções de infraestrutura resiliente.
Do ponto de vista social, as práticas de ESG abordam também a equidade e a inclusão, elementos vitais dado que os impactos das mudanças climáticas não são distribuídos uniformemente pelo mundo. Empresas focadas em ESG estão à frente em iniciativas que ajudam comunidades vulneráveis a se adaptarem a esses desafios, melhorando a resiliência social e econômica.
Na governança estratégica, as considerações climáticas estão cada vez mais presentes nas decisões de alto nível. Implementar políticas que priorizem a sustentabilidade a longo prazo e o cumprimento de regulamentações climáticas rigorosas é agora mais importante do que nunca.
Compreender os impactos econômicos das mudanças climáticas é fundamental para as empresas que desejam não apenas cumprir com as práticas de ESG, mas também liderar pelo exemplo na transição para uma economia mais sustentável e resiliente. O futuro é agora!!!
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