Um motorista de ônibus da empresa Expresso Maringá foi vítima de um ataque na manhã desta quarta (25) em São José dos Campos.
O coletivo foi atingido por dois disparos de arma de airsoft (simulacro) efetuados por um motorista de carro que perseguiu o veículo após uma discussão no trânsito.
O acusado fugiu, mas foi identificado em sua casa e preso em flagrante.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o caso foi registrado como dano qualificado com violência (art. 163 do Código Penal) e exposição a perigo (art. 132).
O ataque
Por volta das 7h20, na Avenida Doutor Nelson Dávila, no bairro Vila das Acácias, o motorista Alberto Drigla Neto, de 34 anos, dirigia o ônibus sem passageiros quando um Chevrolet vermelho começou a persegui-lo, fechando-o e realizando manobras bruscas.
Segundo o relato de Alberto à polícia, ao chegar próximo a um posto de gasolina na região do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), o condutor do carro sacou uma pistola de airsoft e efetuou dois tiros contra o coletivo.
Os projéteis de metal (calibre 6mm) atingiram a porta de entrada e o vidro lateral direito do ônibus, causando danos.
Alberto fez um retorno para se afastar, enquanto o acusado fugiu em direção ao bairro Vila Letônia.
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Prisão em flagrante e justificativa do autor
Com base em imagens de câmeras e testemunhas, a Polícia Civil localizou o autor, identificado como Eduardo de Mello Rodriguez, 56 anos, técnico de profissão.
Em depoimento, Eduardo admitiu os disparos, mas alegou que agiu por estar “de cabeça quente” após conflitos anteriores com motoristas de ônibus.
Ele mostrou aos policiais um para-brisas danificado do seu carro, que atribuiu a supostas negligências no trânsito.
A arma de airsoft (com 55 esferas de aço) foi apreendida. A polícia destacou que, apesar de ser um simulacro, o disparo de projéteis metálicos contra um veículo em movimento configura risco real à integridade física, especialmente em via pública.
A autoridade policial negou fiança ao acusado, citando o art. 322 do CPP: crimes com violência real contra pessoas, mesmo que a pena máxima não ultrapasse 4 anos, impedem a liberdade imediata.
O caso será submetido à Justiça, que decidirá sobre eventual liberdade provisória.
Confira o vídeo do ataque ao ônibus com arma de airsoft: