A supressão de árvores na avenida Senador Teotônio Vilela (Fundo do Vale), na região central, e nas ruas Piquirões e Vicente de Finis Neto, no Jardim Aquarius, em São José dos Campos, movimentou os moradores da cidade nos últimos meses.
Ainda que a Prefeitura de São José tenha informado nas ocasiões que o corte das espécies era necessário, segundo laudo técnico, moradores questionaram a necessidade da remoção, uma vez que as árvores não apresentavam problemas visíveis.
Árvore caída no bairro Jardim Morumbi (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Com cerca de 10 mil árvores plantadas, segundo o site “Tree City of the World”, o município ganhou em junho o selo “Cidade Amiga das Árvores” pelo segundo ano consecutivo. O certificado foi entregue durante o 2º Fórum Paulista de Arborização Urbana, que aconteceu em Jundiaí (SP).
O selo é concedido pela SBAU (Sociedade Brasileira de Arborização Urbana) a todas as cidades do país que receberam o prêmio do Programa Tree Cities of The World, organizado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela Fundação Arbor Day, ambas ligadas a ONU (Organização das Nações Unidas).
Mais do que a quantidade, o título leva em conta um conjunto de práticas, como a manutenção da floresta urbana e sua gestão.
No entanto, a polêmica da retirada das espécies abriu brecha para questionamentos sobre o tratamento dado pelo município à floresta urbana, incluindo quedas das unidades durante o período de chuvas e compensação ambiental, entre outras propostas de cunho ambiental.
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No mês de junho, ambientalistas protocolaram uma representação junto ao Ministério Público. Eles pedem a investigação dos cortes de árvores na cidade.
E, no último sábado (3), cerca de 150 pessoas estiveram no ato “Mobilização pelo verde”, na Praça Afonso Pena, no centro de São José dos Campos (SP). No protesto, presentes pediram melhorias na política de arbonização urbana.
“Diante do momento crítico que estamos vivendo, diante da crise climática, estamos lidando com diversas supressões de árvores na cidade e isso está nos incomodando de uma forma inexplicável!”, informa mensagem publicada nas redes sociais do projeto ARRU (Arte de Rua e Reflorestamento Urbano), organizador do evento junto do Movimento Composta SJC.
Manifestação “Mobilização pelo verde”, na Praça Afonso Pena – Crédito: Lucas Lacaz
Pensando nisso, o portal spriomais foi atrás dos candidatos a prefeito para saber o que eles pensam sobre a cobertura vegetal da cidade e, se eleitos, quais os planos para a área.
“Na minha gestão à frente da Prefeitura, São José recebeu pelo 2º ano o selo “Cidade Amiga das Árvores”, pelo trabalho de preservação do verde urbano, sustentabilidade e conservação da arborização. A cidade também foi contemplada pelo 5º ano, com o prêmio do programa Tree Cities of The World, organizado pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e pela Fundação Arbor Day, ambas ligadas a ONU. Esse reconhecimento, incentiva o trabalho da nossa equipe para continuar trabalhando para que nossa cidade seja referência na qualidade da arborização como equipamento de saúde pública e elemento estratégico na manutenção de qualidade de vida. Nosso desafio é fazer com que todos os bairros sejam cada vez mais arborizados e que possamos ampliar as áreas verdes e parques. Também temos que fazer um trabalho contínuo para adequar a arborização urbana ao longo do tempo, tirando as espécies invasoras que foram plantadas erroneamente, substituindo por espécies mais adequadas.”
Neste momento, estamos realizando uma série de consultas a diferentes setores da sociedade sobre as propostas do nosso plano de governo. Essa etapa deverá ser concluída até o início da campanha eleitoral, quando apresentaremos nossas ideias para toda a população.
“O desenvolvimento do município deve se dar de forma a não gerar desequilíbrios e perda de qualidade de vida da população. Por isso a gestão municipal precisa estar preparada, pois cabe a ela a responsabilidade de promover a sustentabilidade socioambiental da cidade.
Infelizmente, não temos visto isso em São José dos Campos. Um exemplo tem sido o alto índice de supressão de árvores, gerando comoção na cidade, concretizada em manifestos pelas ruas. Há tempos não víamos nada assim, desde o “Salve o Bosque Betânia”, em 2018, quando moradores se uniram contra a retirada de 430 árvores para construção de um estacionamento.
Na ocasião, aliás, como vereador, propus um Projeto de Lei que autorizava o Poder Executivo a declarar de Utilidade Pública o imóvel necessário à implantação do Parque Metropolitano da Vila Betânia.
Vejo como um grande desafio reverter essa situação no município que traz, dentre outros prejuízos, a diminuição da qualidade do ar que respiramos.
A importância da cobertura vegetal é ampla e atinge a toda sociedade. Por isso, a adequação do sistema de gestão de patrimônio arbóreo do município é uma ação urgente visando possibilitar a conservação e melhoria da qualidade ambiental da nossa cidade.”
“O mundo vive uma crise climática, próximo ao ponto de não retorno. A destruição da Cobertura Vegetal deve ser combatida. Toda manifestação contra esta tentativa de destruição tem nosso apoio incondicional. SJC é muito afetada pela poluição da Petrobrás e outras empresas poluidoras. A Dutra é uma enorme fonte de poluição do ar e de rios, com a fuligem dos pneus. Precisamos arborizar a cidade, isso só se faz com incentivo. A proposta de privatização do Parque da Cidade vai na contramão, pois é um “pulmão” de SJC. Não permitir intervenção no Banhado, outra área de preservação. Com isso, os ganhos aparecem em áreas como saúde e qualidade de vida. O lucro não pode vir antes do direito à vida. Os governantes têm responsabilidade: a cobertura vegetal pode ser feita de várias maneiras e precisamos incentivar a população neste sentido, para melhorar as ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar, além de embelezar os espaços públicos. Podemos construir corredores ecológicos, isto é possível e viável. Preservar as áreas verdes e aumentar estas áreas. É preciso entender o ser humano como parte da natureza e não externo a ela. É preciso envolver a população em todas as ações.”
“A atual administração não está cumprindo o plano municipal de arborização. Estão previstos o plantio de 56.567 árvores ao longo dos 12 anos de vigência do plano. Passados oito anos, foram plantadas apenas 6.341 – representando apenas 11% do previsto, conforme dados da própria prefeitura. E essa informação de plantio não leva em consideração a quantidade de árvores retiradas – que nunca foi um dado público para a sociedade acompanhar. Provavelmente, entre plantios e supressões, estamos com saldo negativo, resultado que é visível em diversas ruas.
O meu compromisso é cumprir o plano de arborização com acompanhamento e participação da sociedade civil, tornando transparente todos os laudos e números de supressões, e também implantando os parques previstos, a exemplo do parque do Cerrado, Cambuí, Itapuã e Banhado, e incluir o parque Betânia. Além disso, é fundamental ampliar a variedade de espécies e o viveiro de mudas. E, por fim, reforçar a importância das árvores e criar incentivos para o plantio e preservação.”
“Mais do que simplesmente plantar árvores aleatoriamente, estamos propondo que São José dos Campos seja uma CIDADE PARQUE. Um conceito que incorpora a ideia das “cidades esponjas” mas vai além, buscando o máximo de benefícios que podem vir das árvores, dos bosques urbanos, dos parques lineares e dos remanescentes de vegetação. A arborização urbana tem que estar associada ao plano de adaptação climática e demais planos do município. Ela é elemento fundamental para a redução da temperatura, limpeza do ar, infiltração da água, redução das enchentes, além de ter um papel importante na paisagem e na qualidade de vida do cidadão. A proposta inclui:
– Restauração das APPs urbanas e recuperação das nascentes;
– Criação de parques naturais previstos no Plano Diretor e NÃO executados;
– Criação do Parque Betânia e do Parque da Vila Ema;
– Criação dos Parques Lineares e conexão por meio de Vias Parque;
– Gestão eficiente e participativa da arborização urbana.”
*Todos os candidatos receberam a mesma pergunta e solicitamos respostas por escrito em 1.000 caracteres.
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