Propondo transporte pelo Rio Paraíba, Wilson Cabral estuda problemas do rio de bote

Pré-candidato a prefeito pelo PDT em SJC, desceu o rio de bote, acompanhado de sua equipe e do canoista recordista Pedro Oliva, no final de semana

Há dois meses para as eleições municipais, os candidatos já começam a expor suas propostas para diferentes setores das cidades e o pré-candidato a prefeito em São José dos Campos, Wilson Cabral (PDT), já tem uma diferente para Mobilidade Urbana.

Formado em Oceanologica e Mestre em Sensoriamento Remoto ele defende o uso do Rio Paraíba como eixo de transporte por navegação na cidade. Na manhã de domingo (28), desceu o rio de bote, partindo da ponte do Urbanova até a região do Altos de Santana e contou a experiência ao portal spriomais:

“A gente passou por vários trechos com problemas de erosão, trechos sem mata ciliar, trechos em que há propriedades privadas que não respeitam o distanciamento e a manutenção da mata ciliar”, relata.

Wilson Cabral, pré-candidato a prefeito em SJC, desceu Rio Paraíba acompanhado de sua equipe e do canoista Pedro Oliva (Créditos: Lucas Lacaz/ A13)

Para o pré-candidato, a restauração do rio é totalmente possível por meio de um programa envolvendo outros municípios, mas com São José como protagonista. A atividade estaria vinculada ao Comitê de Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul.

Após a restauração, o transporte por navegação poderia ocorrer normalmente e ainda de forma sustentável, a partir de embarcação movida a energia solar.

“Estamos projetando um protótipo de embarcação provida com energia solar e aí a gente poderia ter a circulação dessas embarcações, ter dois ou três pontos de transbordo de chegada no rio e transbordo com outros modais como ônibus e isso se tornaria um parte do eixo de mobilidade urbana”, finaliza.

Embarcação de monitoramento

Wilson já havia discutido o tema com o canoista recordista mundial de SJC, Pedro Oliva, que há quase 10 anos buscou apoio técnico do pré-candidato para desenvolver uma ideia.

Juntos, eles pensaram em um caiaque com sensores para monitoramento das águas e isso deu origem ao projeto Cachoeiras, feito em parceria com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Em 2015, Pedro realizou uma expedição de dois meses indo da nascente até a foz do rio, coletando dados para avaliação dos especialistas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

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