Doçura que resiste à crise: o mercado de bolos e confeitaria em crescimento

Em São José dos Campos, o Doce Ana, comandado pela Ana Catarina e seu esposo, é um exemplo de empreendimento que deu certo

Em tempos incertos, quando a economia oscila e o futuro parece nebuloso, um setor se destaca por sua resiliência: o mercado de bolos e confeitaria. Mais do que um simples agrado, doces e sobremesas representam momentos de celebração, união e conforto, elementos essenciais para o bem-estar individual e coletivo.

Essa força se traduz em números: o mercado global de bolos e confeitaria deve alcançar US$ 97,85 bilhões até 2029, com um crescimento anual de 3,33% durante o período. No Brasil, o cenário é igualmente promissor, com um faturamento estimado em R$ 12 bilhões por ano.

Mas o que diferencia esse mercado e o torna tão resistente às crises? Uma das principais características é a sua natureza fragmentada, composta majoritariamente por pequenos negócios, muitas vezes familiares e artesanais. Essa capilaridade permite que os produtos cheguem a todos os cantos do país, atendendo às necessidades e preferências de diferentes públicos.

E é aí que a confeitaria artesanal se destaca. Livre dos padrões da produção industrial, os pequenos produtores têm a liberdade de explorar sabores, ingredientes e técnicas, criando produtos únicos e personalizados. Essa criatividade e atenção aos detalhes conquistam um público exigente, que busca experiências autênticas e diferenciadas.

Em São José dos Campos, o Doce Ana @doceana_bolos, comandado pela Ana Catarina e seu esposo, é um exemplo de empreendimento que deu certo. “Nós dois pedimos demissão dos nossos empregos e resolvemos empreender, onde começamos a trabalhar com bolos para casamento e na pandemia com a empresa recém aberta tivemos nosso primeiro grande desafio”, explica Ana.

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

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Para além do sabor, a confeitaria artesanal oferece algo ainda mais especial: a memória afetiva. Doces e bolos caseiros remetem à infância, à casa da avó, àquelas reuniões familiares regadas por risos e afeto. Essa nostalgia é um poderoso atrativo para os consumidores, que buscam na confeitaria artesanal um refúgio para a rotina acelerada e um resgate de valores tradicionais.

Ana explica que todo o seu menu foi adaptado para poder atender as demandas e necessidades do cliente. “Depois dos bolos de casamento, começamos a fazer bolos de aniversário, depois de potes e o nosso carro chefe hoje são os bolos gelados, que tem diversos deliciosos sabores e remetem ao comfort food”, finaliza.

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

(Créditos: Doce Ana)

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Mas nem tudo são flores. Para se destacar nesse mercado competitivo, os pequenos produtores precisam ir além da qualidade do produto. É fundamental investir em profissionalização, aprimorando técnicas de produção, gestão e marketing. A presença online é crucial para alcançar novos clientes e divulgar o trabalho. Redes sociais, plataformas de delivery e marketplaces podem ser ferramentas valiosas para impulsionar as vendas. Ana, numa breve explanação da sua empresa para a produção deste texto, também explica que a presença digital no instagram é muito forte, sendo um dos pilares de sustentação da empresa.

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Outro ponto importante é a fidelização dos clientes. Oferecer um bom atendimento, criar promoções personalizadas e programas de fidelidade são estratégias que garantem a recorrência e a satisfação dos consumidores.

Em resumo, o mercado de bolos e confeitaria se apresenta como uma oportunidade promissora para pequenos negócios, desde que estes estejam atentos às tendências, invistam em profissionalização e valorizem a autenticidade e a qualidade artesanal. Mais do que um simples produto, a confeitaria artesanal oferece uma experiência sensorial e emocional única, capaz de adoçar a vida das pessoas e resistir às intempéries do tempo.

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