Fusões de empresas fazem ações dispararem na Bolsa; especialista explica por quê

Foto: Freepik

A rede de laboratórios Fleury e Hermes Pardini acertaram nesta quinta-feira (30) a combinação dos negócios. O segmento é conhecido como M&A – do inglês, Mergers and Acquisitions – e se refere ao processo de fusões e aquisições entre empresas. Com a fusão, que já era especulada há anos por sócios e analistas do setor, nasce um novo conglomerado de marcas.

O assessor de investimentos Thales Manetti, da Braúna Investimentos, viu com bons olhos a união. Segundo ele, é “uma notícia que veio muito positiva, em uma semana muito turbulenta no Ibovespa”.

Em entrevista à SP RIO+, ele explicou que a estimativa é que a nova empresa fature cerca de R$6,1 bilhões de receita, chegando bem próximo da primeira colocada do setor de diagnóstico, a Dasa.

“O mercado vê algumas fusões e aquisições de uma maneira muito positiva, porque quando há duas empresas que tem um bom relacionamento, que são sólidas, que trazem caixa, é interessante essa fusão para que elas consigam diminuir o custo operacional e aumentar a escala”, analisou Thales.

O anúncio do negócio entre os dois grandes grupos fez as ações da Pardini fecharem com alta de 18,99%, negociadas a R$ 19,99; e as da Fleury em 16,10%, cotadas a R$ 16,30.

“Muito boa essa notícia para o investidor. Muito boa para quem estava investindo em Fluery e para quem estava investindo em Pardini também”, destacou o especialista.

Leia também: Fundos imobiliários estão em alta entre os influenciadores digitais; SP RIO+ explica o motivo

Vantagens para o investidor

Thales destacou que embora a economia brasileira não esteja tão bem como querem os especialistas, as fusões de empresas estão em alta. Ele relembrou que em 2021 a estratégia gerou mais de US$2 trilhões de negócio.

“Isso é muito bom isso para o investidor. Quando ele vai investir, ele vê o plano de fusões e requisições da empresa, o plano de expansão dela. A bolsa é isso, ela mostra o lucro das empresas. Então a empresa que tem um segmento muito forte para desenvolvimento, para crescer, ela sempre tende a ser a preferida na bolsa”, explicou.

O assessor de investimentos também destacou que São José dos Campos também tem potencial para o segmento, pois a cidade possui muitos empresários.

“É muito bom a gente criar uma empresa e ela ficar madura o suficiente para que grupos maiores olhem para o seu negócio, gostem dele e queiram comprar. É a aí que muitos empresários ganham um bom dinheiro e conseguem ir para outros ramos ou até montar uma outra empresa”, ressaltou.

Confira a análise na íntegra: 

Leia também: Petrobras: mudança na Lei das Estatais influencia os investimentos financeiros