Crise: Ilhabela decreta corte de gastos e redução de despesas

No Litoral Norte, a cidade de Caraguatatuba também enfrenta dificuldade financeira

A Prefeitura de Ilhabela foi atingida por uma crise financeira e decretou, nesta quarta-feira (19), corte de gastos e redução de despesas no município.

De acordo com a administração, a arrecadação de royalties do pretróleo ficou abaixo do previsto nos dois primeiros meses de 2025, impactando diretamente as finanças.

O município havia projetado uma arrecadação total de R$ 1,096 bilhão para 2025, sendo R$ 456,4 milhões provenientes dos royalties do petróleo, o que representava 41,6% da receita total. No entanto, a redução dos valores arrecadados comprometeu o orçamento.

Com isso, foi decretada redução de 30% das despesas custeadas com recursos dos royalties. Dentre esses, foram reduzidas as verbas para a área de educação, que eram destinadas às creches, pré-escolas e unidades de ensino fundamental.

A medida contra crise financeira é válida até o dia 31 de dezembro de 2025.

Crise no Litoral Norte

Além de Ilhabela, no Litoral Norte, Caraguatatuba também enfrenta problemas econômicos.

No mês passado,o novo prefeito, Mateus Silva (PSD), afirmou que a cidade está com uma dívida de R$ 74 milhões. Ele ainda apontou que 90% dos R$ 84 bilhões anunciados pelo ex-prefeito Aguilar Júnior no caixa da Prefeitura para quitação de dívidas com fornecedores, já estavam comprometidos com despesas obrigatórias.

Crise no Vale

No Vale do Paraíba, as cidades de Caçapava e Taubaté tomaram medidas radicais contra a crise financeira.

O prefeito de Caçapava, Yan Lopes (Podemos) decretou a Operação Pão Duro, que suspende férias, novas contratações e aplica outras proibições na Prefeitura. Além disso, um gabinete de crise foi montado no Hospital da Fusam, que acumula dívida de de R$ 60 milhões com a Prefeitura.

Já em Taubaté, o prefeito Sérgio Victor (Novo), institiu um Plano de Contigenciamento de Gastos e criou a Comissão Especial de Renegociação e Contratos e Avaliação de Restos a Pagar. O chefe do Executivo reduziu gastos com água, energia, suspendeu concursos públicos e até horas extras.

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