
De olho na candidatura a presidente em 2026, governador de São Paulo entra na briga por anistia a Bolsonaro e abre espaço, de fato, para Felício ocupar o Palácio dos Bandeirantes no ano que vem
Depois de muito lusco-fusco e muito gueri-gueri, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu entrar no jogo.
Vamos lá …
Em entrevista ao “Diário do Grande ABC” na sexta-feira passada, Tarcísio foi enfático ao garantir que, caso eleito presidente em 2026, seu primeiro ato será o de conceder anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Na última terça-feira, amanheceu em Brasília para debater o tema anistia com lideranças partidárias, entre elas o senador Flávio Bolsonaro (PL).
Resumo da ópera: em meio ao julgamento de Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado, Tarcísio saiu do ponto-morto e assumiu posição de liderança nesse processo, o que acendeu luz-verde para o projeto de anistia a Bolsonaro que vem sendo gestado na Câmara Federal –onde, segundo a imprensa, já teria apoio de mais de 350 parlamentares, muito além da base conservadora do PP, PL e Republicanos.
A sorte dessa ofensiva pró-Bolsonaro merece ser tratada em artigo exclusivo para isso. Voltaremos ao tema mais tarde…
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Retomando a linha de Tarcísio, a soma dos últimos fatos mostra que o governador de São Paulo acionou a quinta-marcha e antecipou, de vez, a agenda da campanha eleitoral de 2026, na qual ele, Tarcísio, surge como o nome preferido do mercado (a chamada “Faria Lima”), dos “czares” da mídia, das lideranças conservadoras menos tresloucadas e muito mais gente.
Para o país, isso significa trazer 2026 para meados de 2025. Para nós, “caipiras” valeparaibanos, a ação de Tarcísio tem outro reflexo: a chegada de seu vice, Felício Ramuth (PSD), ao gabinete principal do Palácio dos Bandeirantes já no início do ano que vem, graças, claro, à desincompatibilização do governador para disputar a Presidência da República, como determina a legislação eleitoral.
Isto é, teremos Felício à frente do Estado por, no mínimo, seis meses, a partir do início de 2026, um ano nevrálgico para o Estado e para o país.
É um bilhete de loteria premiado.
Segue o baile …
Alguns falam que o Lula é sortudo. Mas o Felício, vou te contar, este deve ter entrado várias vezes na fila para pegar um pouco de sorte. Está sempre no lugar certo e no momento certo.