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    Cidades

    Onda de venezuelanos em Taubaté pode ser explicada por programas de redistribuição

    Analista do IBGE, Jefferson Mariano atribuiu altos números de venezuelanos a programas como Operação Acolhida, do Governo Federal
    4 de julho de 2025Updated:4 de julho de 2025Nenhum comentário2 Minutos de Leitura
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    (Créditos: Tom Costa / MJSP)

    O número de venezuelanos nunca foi tão alto no Brasil. São 271.514 deles que hoje vivem por aqui, segundo dados do Censo de 2022 divulgados no último dia 27 de junho, e que colocam a Venezuela como a principal origem estrangeira no país.

    Taubaté é um exemplo prático disso. Como São José dos Campos, a cidade recebeu muitos norte-americanos nos últimos anos, mas foram os venezuelanos que dominaram o movimento migratório para o município: 91 novos moradores entre 2017 e 2022.

    A mudança dos vizinhos sul-americanos para Taubaté pode ser creditada por políticas públicas de redistribuição de estrangeiros, como a Operação Acolhida, programa do governo federal que, desde 2018, gerencia a chegada de venezuelanos pelo Norte do país.

    “Os venezuelanos entraram pelo norte, e o governo federal e estadual adotaram políticas para distribuí-los em alguns municípios. Alguns atraíram mais imigrantes devido a essas políticas, resultando em certas cidades como Taubaté com mais venezuelanos”, explicou o analista socioeconômico do IBGE, Jefferson Mariano.

    Em 2024, o programa levou a Taubaté 15 famílias venezuelanas que viviam em Roraima. Cinco crianças foram matriculadas na educação infantil. No ensino fundamental, 16 adolescentes foram integrados. Os dados são da AVSI Brasil, organização sem fins lucrativos que atua para melhorar as condições de vida de pessoas em situação de vulnerabilidade ou emergência humanitária.

    Atendimento a imigrantes em Taubaté

    Apesar de não possuir um programa específico aos imigrantes, a Prefeitura de Taubaté tem acolhido os estrangeiros que chegam à cidade por meio das unidades de assistência social. Esse atendimento é garantido em todos os níveis de proteção, conforme as demandas apresentadas, para prevenir situações de vulnerabilidade social.

    Atualmente, segundo a Prefeitura, dez famílias venezuelanas são atendidas pelas iniciativas assistenciais do município, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), recebendo auxilio com documentações e benefícios como oficinas, Viva Leite e Bolsa Família.

    Confira também: Estados Unidos, Venezuela e Japão lideram imigração para as três maiores cidades do Vale

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