A Polícia Ambiental apreendeu nesta semana diversos animais silvestres mantidos ilegalmente em cativeiro na casa de uma bióloga em Santo Antônio do Pinhal.
Entre os animais encontrados estavam três cachorros-do-mato, um gavião-carcará, um urubu de cabeça preta, além de 24 cascos de jabuti e uma pele taxidermizada de veado-campeiro, espécie quase ameaçada de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A operação ocorreu na segunda-feira (1°), após a Polícia Civil solicitar uma vistoria ambiental na propriedade, localizada na Estrada Municipal das Cerejeiras, no bairro Barreiro.
No momento da chegada da equipe, a dona da casa não estava, mas foi chamada e apareceu após os policiais verem os animais por janelas e viveiros externos.
Bióloga não apresentou autorização
Durante a vistoria, a moradora alegou que possuía registro no sistema SIGAM (Sistema Integrado de Gestão Ambiental), mas não apresentou a autorização legal para manter os animais silvestres em cativeiro.
Sobre a pele do veado-campeiro, disse que o animal teria sido atropelado e que guardou a peça por conta própria, também sem autorização.
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Mesmo sendo bióloga, ela não conseguiu comprovar a legalidade da posse dos animais ou dos itens apreendidos. Todo o material foi recolhido e encaminhado para o centro de triagem do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em Lorena (SP).
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Santo Antônio do Pinhal como crime ambiental, com base no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais, que proíbe a captura, manutenção e comercialização de espécies da fauna silvestre sem autorização.
A Polícia Civil informou que um relatório de investigação será elaborado para apurar detalhadamente o caso.
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