Governo de SP planeja concessão da Estrada de Ferro em Campos do Jordão

Estudos para concessão foram realizados, próxima etapa é a consulta pública, prevista para ser aberta em abril

O Governo do Estado de São Paulo planeja, para este ano, a concessão da Estrada de Ferro de Campos do Jordão.

O Secretário de Parcerias e Investimentos do Governo de São Paulo, Rafael Benini, apresentou na última semana, o cronograma para a concretização do plano, que prevê um leilão para a operação, manutenção, conservação e modernização de toda a extensão férrea e seus prédios.

O projeto está dividido em duas fases. A primeira fase consiste na revitalização do trecho de Capivari a Eugênio Lefevre, e a segunda, de 28 quilômetros, vai até o escritório administrativo da ferrovia, passando por Piracuama e pelo Parque Reino das Águas Claras, em Pindamonhangaba, totalizando 47 quilômetros de modernização.

Os estudos para o plano de concessão começaram em julho de 2023 e o próximo passo será a consulta pública, prevista para o mês de abril. A intenção é que, em agosto, o edital seja publicado e, em dezembro, aconteça o leilão.

Sobre a Estrada de Ferro

A Estrada de Ferro de Campos do Jordão foi idealizada pelos médicos sanitaristas Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, para facilitar o acesso de pacientes com tuberculose à Serra da Mantiquera, que tem clima favorável para os acometidos pela doença.

A via faz ligação entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão, com trens movidos por eletricidade. Sua construção foi autorizada pelo Governo de SP em 1910 e a inauguração ocorreu em 1914. Nesse período a sociedade detentora da concessão começou a ter problemas financeiros e devolveu a estrada ao governo estadual, que opera desde então.

Por longos anos a estrada foi utilizada para transporte de passageiros e também de cargas, mas e 1977 se tornou exclusiva para o transporte de passageiros.

Em 2011, foram feitas obras de modernização e revitalização. Apesar disso, em 2017 por falta de segurança o trecho de serra parou de funcionar e em 2021, a estrada foi alvo de furto de cabos e vandalismo, que acarretou na suspensão do funcionamento.

Atualmente a única atividade que ocorre no local é o passeio com bondes turísticos por Campos do Jordão.

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