Ao falar da capital ucraniana, você pode escrever tanto “Kiev” quanto “Kyiv”. A primeira forma é a mais comum e, até agora, é a que se encontra nos dicionários da língua portuguesa (se desconsiderarmos despropósitos como “Quieve”).
Assim mesmo, nos últimos anos muita gente passou a preferir “Kyiv”, tanto em inglês quanto em português. Em 2018, o governo ucraniano até lançou uma campanha: #KyivNotKiev.
“Quando erguer-se a Ucrânia, brilhará a luz da verdade.” Palavras de um poema de Taras Shevchenko, uma das figuras mais importantes na história e literatura ucranianas. Registro feito na última semana, em Ukrainka, às margens do rio Dnipro (Foto: Arquivo Pessoal)
Por quê? Simples: Porque, com o mero ato de grafar a capital com y e i, você demonstra apoio pela nação ucraniana.
É uma questão de transliteração — a forma como reproduzimos na nossa língua uma palavra que pertence a outra. A grafia “Kiev” busca reproduzir, ainda que imprecisamente, a palavra russa Киев. Já “Kyiv” é o correspondente ao nome original da cidade, em ucraniano: Київ.
Claro, quando a cidade foi fundada pelo lendário Príncipe Kyi (há meros 1500 anos), nenhum desses idiomas existia. Na região, era falado o eslavo oriental antigo — a língua da qual vieram o ucraniano, o russo e o bielorrusso atuais. Mas, dizem os linguistas, mesmo o nome antigo da cidade, pronunciado nessa língua morta, teria soado como a atual versão ucraniana.
Aqui talvez você se pergunte: “Mas é mesmo importante toda essa precisão histórica e fonográfica?”
Afinal, existem dezenas ou até centenas de formas de transliterar certos nomes próprios. E quanto a capitais, dizemos “Londres”, e não “London”; “Madri”, e não “Madrid; “Paris”, e não “Parrí”. Se o russo era a língua oficial na Ucrânia até três décadas atrás, por que mudar agora? Além do que, no Brasil, ninguém vai saber dessa diferença de qualquer forma. Nem mesmo o corretor ortográfico do seu smartphone.
Concordo que o mais das vezes a transliteração é mais fruto de acasos históricos do que rigor científico. Mas aqui a questão é mais simples: Kyiv é a versão claramente identificada com o idioma ucraniano. E apoiar o idioma ucraniano é apoiar a existência do país chamado Ucrânia. É apoiar uma língua que foi reprimida sistematicamente, ao longo dos séculos — primeiro pelo Império Russo czarista e depois pela União Soviética.
Quer colocar em termos mais drásticos? Pois bem. “Kiev” é a versão do imperialismo russo; “Kyiv” é a da independência ucraniana.
E sim: talvez pouca gente entenda por que você escreve “Kyiv”. Mas você pode explicar. É até uma boa oportunidade para investigar a própria história da Ucrânia — bem mais antiga do que a de Moscóvia, esse império que acabou por se transformar na Rússia moderna.
Kiev ou Kyiv? A escolha é sua, mas agora você sabe qual é a opção dos ucranianos.
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