
O Governo de São Paulo definiu na tarde desta quinta-feira (13) o resultado do leilão que concede à iniciativa privada o sistema estadual de travessias por balsa.
O consórcio Acqua Vias SP saiu vencedor ao oferecer desconto de 12,6% sobre a contraprestação prevista no edital e assumirá a operação, administração e manutenção de 14 linhas aquaviárias em todo o estado pelos próximos 20 anos.
A travessia São Sebastião–Ilhabela, no Litoral Norte, será uma das prioridades do projeto. Responsável por 22% de todo o volume transportado no estado, ela atende cerca de 11 mil pessoas por dia — número que ultrapassa 15 mil durante a alta temporada, como no último Réveillon.
O governo afirma que o contrato prevê investimento de R$ 2,5 bilhões, incluindo a compra de mais de 40 novas embarcações, a maioria elétricas, além da modernização de 20 terminais, oficinas, sistemas de cobrança e centros de controle.
A expectativa é reduzir filas, ampliar a capacidade e diminuir o impacto ambiental, com previsão de redução de até 18 mil toneladas de CO₂ (gás carbônico) por ano.
Travessias do Vale do Paraíba incluídas no contrato
Além da ligação do Litoral Norte, outras três travessias do Vale do Paraíba fazem parte da concessão:
- Porto Paraitinga (Reservatório de Paraibuna)
- Porto Varginha (Reservatório de Paraibuna)
- Porto Natividade da Serra (Reservatório de Paraibuna)
Confira também: Cidades do Vale do Paraíba disputam nova fábrica de R$ 1 bi da Coca-Cola
O consórcio vencedor é formado por BK Consultoria e Serviços, Internacional Marítima, Rodonave Navegações, Zetta Infraestrutura e Innovia Soluções Inteligentes. Outros três concorrentes participaram da disputa, mas apresentaram descontos menores.
Próximos passos
Com o leilão concluído, o governo inicia agora as etapas de homologação e adjudicação — a atribuição formal do sistema de balsas ao licitante vencedor. A assinatura do contrato está prevista para o primeiro semestre de 2026.
A transição, segundo o governo paulista, será gradual: nos três primeiros meses, o Estado seguirá responsável pelas operações em regime de cooperação, e a concessionária assumirá integralmente a gestão no sétimo mês.
Segundo o cronograma, todas as travessias devem operar com capacidade plena até o sétimo ano do contrato, já com a frota elétrica em atividade e as obras concluídas.