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    ESG na Prática

    A desigualdade climática: quem sofre mais com o calor extremo?

    Estudo mostra que os impactos do calor extremo atingem mais duramente populações vulneráveis, revelando a face social da crise climática
    31 de agosto de 2025Nenhum comentário4 Minutos de Leitura
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    (Créditos: Martins Cardoso/Unsplash)

    Na última década, todos nós já sentimos o calor apertar. O ar-condicionado se tornou item de sobrevivência em muitas cidades, e a busca por sombra virou quase instinto.

    Mas, por trás dessa experiência compartilhada, existe uma realidade dura: nem todos sofrem igualmente com as ondas de calor. O fenômeno escancara uma face pouco discutida das mudanças climáticas: a desigualdade social.

    O dado que assusta

    De acordo com o Lancet Countdown e estudos da Fiocruz, o número de mortes relacionadas a ondas de calor aumentou mais de 30% na América Latina nos últimos 20 anos. Isso não significa apenas que a temperatura subiu; significa que corpos vulneráveis, sem proteção adequada, estão sucumbindo.

    Idosos, crianças pequenas, trabalhadores que passam o dia na rua, moradores de comunidades periféricas — são eles que mais sentem o peso de cada grau a mais no termômetro.

    Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, a sensação térmica em bairros periféricos pode ser até 7 ºC maior do que em áreas arborizadas. É o chamado efeito de ilha de calor urbana, causado pela ausência de verde e pelo excesso de concreto e asfalto. Resultado: mais calor, mais gasto energético, mais doenças.

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    Podemos pensar: se a temperatura sobe para todos, por que alguns sofrem mais? A resposta está no acesso — ou na falta dele. Quem mora em regiões centrais tem mais árvores, melhor infraestrutura de saúde e maior chance de ter ar-condicionado em casa ou no trabalho.

    Já quem vive em áreas vulneráveis precisa lidar com casas mal ventiladas, falta de saneamento, transporte precário e, muitas vezes, a obrigação de trabalhar sob o sol escaldante.

    O mesmo vale para idosos e pessoas com doenças crônicas. O calor extremo acelera quadros de desidratação, problemas cardiovasculares e respiratórios. Um relatório da Organização Mundial da Saúde estima que até 250 mil pessoas podem morrer anualmente no mundo, entre 2030 e 2050, devido a impactos diretos do clima na saúde.

    ESG é também justiça social

    Quando falamos de ESG, muitos ainda reduzem o debate à agenda ambiental ou ao balanço de carbono. Mas o “S”, de social, é inseparável da equação. O calor extremo não é apenas uma questão ambiental, é uma questão de justiça: quem tem menos recursos paga o preço mais alto.

    Nesse contexto, empresas e governos têm papéis cruciais. Políticas de adaptação climática não podem ser genéricas: precisam priorizar os mais expostos. Isso inclui desde a criação de corredores verdes urbanos, telhados vivos e reflorestamento de áreas periféricas, até planos de saúde pública para monitorar idosos e trabalhadores informais durante ondas de calor.

    Além disso, há espaço para inovação. Startups já desenvolvem pinturas refletivas que reduzem em até 5 ºC a temperatura de casas populares; projetos de energia solar comunitária garantem acesso à refrigeração sem pesar no bolso; e cidades como Medellín (Colômbia) criaram “corredores verdes” que reduziram em até 2 ºC a temperatura local em poucos anos.

    O Brasil no centro da discussão

    Passei esta semana em Belém, num evento organizado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), e pude experienciar de perto o que é um calor extremo.

    Com a COP30 marcada para Belém em 2025, o Brasil terá os olhos do mundo voltados para suas propostas de enfrentamento à crise climática. Mas precisamos lembrar: não se trata apenas de salvar florestas ou reduzir emissões — é também sobre cuidar de gente e, claro, da água.

    O futuro das cidades brasileiras dependerá de como lidamos com esse desafio agora. E as empresas que entenderem isso sairão na frente: não basta ser carbono neutro, é preciso ser climaticamente justo.

    A desigualdade climática é um lembrete doloroso de que o meio ambiente e o social caminham juntos. Não existe neutralidade possível quando o termômetro sobe: uns têm ar-condicionado, outros têm apenas uma garrafa d’água.

    É hora de transformar dados em ação. Porque cada grau a mais que medimos pode ser a diferença entre o desconforto de alguns e a sobrevivência de muitos.

    Fontes: Lancet Countdown 2023, Fiocruz, OMS, MapBiomas, Prefeitura de Medellín.

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    * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.

    Luís Magalhães

    Luís Magalhães

    Luís Fernando Carneiro Magalhães é co-fundador e sócio-diretor da srtatup joseense O2eco Tecnologia Ambiental, cujo objetivo é deixar um impacto positivo no meio ambiente. Estudou Agronomia na UFFRJ e Business & Marketing na Universidade Católica da Austrália e na Universidade de Canberra.
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