
Mais uma raça de cães desenvolvida no Brasil foi reconhecida pela Fédération Cynologique Internationale (FCI), com sede na Bélgica. É a Buldogue Campeiro, uma linhagem desenvolvida por criadores no Rio Grande do Sul, a partir dos buldogues originais que chegaram da Europa, para o trabalho no campo.
O nome já diz muito sobre esse cão: o “bull” vem da língua inglesa que significa “touro”, pois os Bulldogs ingleses foram desenvolvidos ainda no século XVII como cães de trabalho, para lidar com o gado nas fazendas da Grã-Bretanha. O adjetivo “campeiro” ressalta a sua relação com os campos e pampas gaúchos.
A Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) informou em nota oficial que a FCI reconheceu no mês passado (julho) o Buldogue Campeiro como uma linhagem bem definida e específica de cães.
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A raça junta-se a outras três do Brasil já reconhecidas pela Federação Internacional: o Fila Brasileiro, o Terrier Brasileiro e o Rastreador Brasileiro.
O Campeiro está incluído no Grupo 2 da classificação oficial da cinofilia, que é dos cães Boiadeiros, Montanheses Suiços, Pinscher, Schnauzer e Molossos. Neste grupo, está ao lado do gigante Fila.
O Buldogue Campeiro herda dos primos ingleses a coragem diante de touros e vacas, a força dos músculos do maxilar e pescoço, mas é um animal maior (chega a 39 kg de peso e a altura dos ombros a meio metro) e está mais adaptado ao trabalho em ambiente rústico.