
A Embraer divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2025 com desempenho positivo, apesar do cenário instável em julho devido às discussões das tarifas norte-americanas sobre o setor.
A empresa registrou receita recorde de R$10,3 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período de 2024.
Destaques operacionais e financeiros
Entregas e pedidos
- 61 aeronaves entregues (+30% vs segundo trimestre de 24):
- 19 jatos comerciais (10 E2 e 9 E1)
- 38 jatos executivos (21 leves e 17 médios)
- 4 aeronaves de Defesa (A-29 Super Tucano)
- Carteira de pedidos atingiu US$29,7 bilhões (+40% vs 2T24), com crescimento em todas as unidades:
- Aviação Executiva: +62%
- Defesa & Segurança: +100%
- Serviços & Suporte: +55% (recorde histórico)
- Aviação Comercial: +16%
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Desempenho por Segmento
- Aviação Executiva
- Receita: R$3,1 bilhões (+74%)
- Margem EBIT: 14,6% (vs 11,4% em 2T24)
- Aviação Comercial
- Receita: R$3,2 bilhões (+11%)
- Margem EBIT: 4,2% (ligeira queda devido a créditos tributários em 2024)
- Defesa & Segurança
- Receita: R$1,26 bilhão (+28%)
- Margem EBIT: 9,3% (vs -0,5% em 2T24)
- Serviços & Suporte
- Receita: R$2,6 bilhões (+23%)
- Margem EBIT: 15,6%
Investimentos e Fluxo de Caixa
- Investimentos totais (Embraer + Eve): R$828,5 milhões
- Fluxo de caixa livre ajustado (sem Eve): -R$1 bilhão (preparação para aumento de entregas)
Perspectivas para 2025
A Embraer mantém suas estimativas para o ano:
- Entregas:
- Aviação Comercial: 77-85 aeronaves (+10% vs 2024)
- Aviação Executiva: 145-155 aeronaves (+15% vs 2024)
- Receita total: US$7,0 – US$7,5 bilhões (+13%)
- Margem EBIT ajustada: 7,5% – 8,3%
- Fluxo de caixa livre: US$200 milhões ou mais