Ontem eu escrevi neste espaço sobre o eventual fortalecimento do nome do vice-governador do Estado para ser o candidato apoiado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o Palácio dos Bandeirantes, caso o governador troque a reeleição em São Paulo pela disputa da Presidência da República.
Surfei na “onda” do noticiário político dos últimos dias, repleto de citações, especulações e referências sobre o fortalecimento de Felicio.
Foi o que bastou para meu wzap ser tomado de mensagens sobre o assunto, algumas de apoio a Felicio, outras críticas. Vai abaixo um registro:
Kassab?
Tem muita gente enxergando na enxurrada de reportagens, registros e comentários sobre Felicio na mídia o DNA de Gilberto Kassab.
Uma espécie de balão de ensaio, a mais de um ano da eleição, que teve origem, empurrão ou, no mínimo, conhecimento prévio do cacique do PSD. Será? Fica o registro.
Mais de Código Fonte: Com voto no painel, ninguém fica pinel
Candidatíssimo
Seguindo essa linha de raciocínio, Kassab não passou dois anos formando uma robusta máquina de prefeitos no interior de São Paulo (206 em 645 cidades) para morrer na praia.
No rol destas cidades temos Ribeirão Preto, Piracicaba e até São José dos Campos – onde, ao lado de Felicio, “desossou” o PSDB. Kassab já admitiu que almeja se candidatar a governador em 2026. Kassab vai desistir assim tão fácil?
Falta um
Outros apontaram que a minha lista de potenciais candidatos conservadores a governador tinha um buraco: André do Prado (PL), ex-prefeito de Guararema e atual presidente da Assembleia Legislativa do Estado, pela segunda vez.
Tem gente no meio político que jura: André tem um perfil político muito parecido com o de Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador e atual vice-presidente da República. Isto é, bom no trato com os prefeitos, uma “raposa”.
Currículo 1
Aliados de Felicio apontam uma qualidade importante na atuação do vice-governador: uma forte presença nas redes sociais, onde atua como crítico ácido do governo Lula e do PT, com elogios rasgados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso ajudaria a fortalecer seu nome junto ao eleitor conservador. Anotado.
Currículo 2
Na contramão, críticos de Felicio dizem que ele tem forte resistência junto ao eleitor bolsonarista. Será? Não sei se é consenso, já ouvi comentários pró e contra ele na “bolha” bolsonarista.
Seguindo a linha, essa resistência também seria forte na Faria Lima e na turma do Agro. “A elite paulistana não quer saber de um novo caipira à frente do Estado, apesar da narrativa pós-PSDB e pró-Bolsonaro que ele tenta adotar”, escutei de um amigo, em alusão clara a Geraldo Alckmin. Será? Tenho dúvidas…
Cachorro grande
O certo é que a disputa por São Paulo em 2026 pode virar a chamada briga de cachorro grande, com ou sem Tarcísio de Freitas.
De São Paulo, escuto que Geraldo Alckmin está sendo preparado pelo governo federal para tentar voltar ao Bandeirantes; o MDB quer vir com o prefeito da capital, Ricardo Nunes, custe o que custar; e o PT pode contrariar Lula e surgir com Alexandre Padilha, em vez de apoiar o atual vice-presidente da República. Vai ser uma parada dura.
Futuro 1
E se Felicio não emplacar uma eventual candidatura a governador? Bem, o cenário fica aberto. Ele pode surgir de novo como vice, pode ser um segundo nome a senador, um eventual secretário ou ministro em um governo Tarcísio, ou até, em 2028, sair a prefeito de São Paulo.
Nesse campo, vale-tudo. Afinal, Felicio tem ganhado musculatura política nos últimos tempos. Entrou no jogo…
Futuro 2
Dito tudo isso, eu continuo a achar bastante interessante para a região a presença de um político valeparaibano novamente no comando do Palácio dos Bandeirantes.
A região já teve Geraldo Alckmin, que ficou à frente do Estado por quatro mandatos, o primeiro deles completando o governo Mário Covas, de quem era vice-governador. Felicio pode ser esse nome? Aí só o futuro vai dizer. Façam as suas apostas.
Segue o baile…