Você já se perguntou se a escola do seu filho realmente entende como ele aprende? Em tempos em que tanto se fala em inclusão, é fundamental olhar além do discurso e observar a prática: a escola do seu filho tem um Plano de Ensino Individualizado (PEI)? Se a resposta for não, é hora de ligar o sinal de alerta.
O PEI é uma ferramenta essencial para garantir que cada criança — especialmente aquelas com deficiência, transtornos do desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem ou altas habilidades — tenha um plano de ensino feito sob medida.
Ele reconhece que não existe um único jeito de aprender, e que respeitar a individualidade é o caminho para uma educação verdadeiramente inclusiva.
Mais do que um diferencial, o PEI é um direito previsto em lei. A Lei Brasileira de Inclusão (13.146/2015) garante que alunos com necessidades educacionais especiais tenham acesso a um planejamento personalizado, com metas específicas, estratégias adaptadas, recursos de apoio e acompanhamento contínuo. Ou seja, o PEI não é um favor — é uma obrigação legal das instituições de ensino.
O que muitas famílias não sabem é que o PEI vai muito além da sala de aula. Ele é construído em conjunto com os professores, coordenadores, profissionais de apoio e, principalmente, com a família. Isso significa que você, pai ou mãe, participa diretamente das decisões sobre o que será trabalhado com seu filho e como isso será feito.
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Além disso, as escolas que adotam o PEI oferecem relatórios frequentes, que mostram com clareza os avanços, as dificuldades e os próximos passos do percurso escolar.
Isso traz tranquilidade, confiança e uma parceria real entre escola e família. Você acompanha de perto o desenvolvimento do seu filho e vê, de forma concreta, como ele está evoluindo.
Existem plataformas que, em parceria com as escolas, ajudam no registro do PEI e na gestão do processo de inclusão do estudante. A ACADY, por exemplo, usa IA para dar suporte a esse processo, potencializando a gestão da vida do aluno na escola e da comunicação entre pais, escolas, responsáveis pelo estudante e até profissionais de saúde que o acompanham.
O impacto desse acompanhamento é visível: crianças que têm um PEI bem estruturado ganham em autoestima, desenvolvem maior autonomia e mostram progresso não só no conteúdo escolar, mas também na socialização, na comunicação e nas habilidades para a vida.
E não se engane: o PEI não é exclusivo para alunos com laudo médico. Ele pode — e deve — ser aplicado a qualquer criança que apresente necessidades educacionais específicas, mesmo que temporárias. Afinal, inclusão é sobre respeitar as diferenças e garantir que todos tenham as mesmas oportunidades.
Infelizmente, ainda existem escolas que desconhecem ou negligenciam o PEI. Por isso, ao escolher onde matricular seu filho, faça perguntas importantes: “Vocês trabalham com PEI? Como acompanham o progresso individual dos alunos? Há reuniões com a família?”. Uma escola realmente comprometida com a inclusão saberá responder com clareza e segurança.
Escolher uma escola que valoriza a educação especial e aplica o PEI é garantir que seu filho seja visto, acolhido e incentivado a se desenvolver plenamente. É dar a ele a chance de aprender no seu ritmo, com respeito e apoio contínuo.
Inclusão de verdade começa com planejamento, escuta e ação. E o PEI é o caminho mais concreto para transformar o discurso em prática. Seu filho merece ser protagonista da própria história — e você pode ajudar a tornar isso realidade, começando pela escolha da escola certa.
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