Em 2025, viajar deixou de ser somente uma forma de lazer ou descanso. Mais do que visitar um destino, o novo desejo dos turistas é colecionar novas vivências – e é daí que nasce a principal tendência deste ano: o turismo de experiência.
Esse modelo de viagem prioriza a imersão cultural, emocional e sensorial nos lugares visitados, com o objetivo de estabelecer conexões autênticas com pessoas, histórias e tradições locais.
Seja aprendendo a fazer pão com uma família em uma vila na Toscana, mergulhando com biólogos em expedições marinhas na costa da Patagônia ou participando de rituais de cura em florestas da Ásia, o importante é viver algo significativo e memorável.
Por que essa tendência cresce em 2025?
De acordo com dados de empresas do setor de turismo, como a Globetrender e a Amadeus, os viajantes modernos querem mais do que belas paisagens – eles buscam narrativas que façam sentido com seus valores e estilos de vida.
As crises recentes, incluindo a pandemia, as guerras, as incertezas econômicas e os efeitos das mudanças climáticas, intensificaram essa necessidade de reconexão com algo maior do que o próprio cotidiano.
Além disso, ferramentas como a inteligência artificial estão facilitando a personalização dos roteiros e a descoberta de experiências sob medida, mesmo nos lugares mais remotos. Por outro lado, cresce o desejo de “desligar-se”: muitos turistas optam por experiências sem tecnologia, sem sinal de celular e com foco total no presente.
Leia mais: Capivari terá teleférico grátis para moradores e jordanenses no aniversário de Campos do Jordão
Como funciona o turismo de experiência?
Ao contrário das viagens tradicionais, que priorizam atrações turísticas e atividades mais comerciais, o turismo de experiência concentra vivências com significado pessoal. Ele pode ser dividido em diversos subtipos: ecológico, espiritual, voluntário, gastronômico, cultural e até educacional.
Os roteiros são geralmente personalizados e planejados com base nos interesses do viajante. A curadoria é feita por especialistas, agências ou plataformas digitais, que conectam o turista com anfitriões locais, organizações comunitárias e projetos sociais.
Outra diferença está na logística: em vez de viagens de grandes grupos, prevalecem os pequenos grupos ou as experiências individuais, com foco na qualidade da interação.
Organização da viagem: planejamento com propósito
Planejar uma viagem experiencial envolve mais do que escolher um destino – é preciso entender o que se quer viver. Agências de viagem podem ajudar nesse processo, guiando os turistas por trilhas menos conhecidas, por exemplo, com suporte para que tudo ocorra de forma ética e sustentável.
Nesse cenário, a passagem aérea volta a ganhar destaque: companhias estão oferecendo opções mais flexíveis por permitir múltiplos destinos em uma só viagem, e até pacotes integrados com hospedagens e experiências locais.
As plataformas de reserva também estão se adaptando. Hoje é possível, por exemplo, comprar uma passagem e receber sugestões automáticas de experiências que combinem com o perfil do passageiro, graças ao uso da IA generativa.
Mais do que turismo: uma jornada pessoal Para muitos, o turismo de experiência é uma forma de crescimento. É também uma resposta à velocidade do mundo moderno e ao excesso de estímulos digitais. Ao mergulhar em novas culturas, valores e paisagens, o viajante encontra não apenas um lugar no mapa, mas também um espaço de reflexão interior.