O Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta quarta-feira (26) se irá aceitar a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados por tentativa de golpe de estado.
O colegiado é compostado pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Carmen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux.
O julgamento começou às 9h30 e serve para definir se os denunciados serão réus. Caso sejam, uma ação penal poderá ser aberta para o início de um julgamento criminal, que pode considerá-los inocentes ou culpados.
Sobre a denúncia de golpe
As investigações apontam que o plano de golpe começou em 2021, com ataques ao sistema eleitoral e falsas alegações de fraude nas urnas. Em 2022, Bolsonaro se reuniu com diplomatas para tentar convencer a comunidade internacional sobre essas alegações. No segundo turno das eleições, ele teria usado órgãos de segurança para dificultar o voto dos eleitores que apoiavam o seu adversário, Lula. Pessoas envolvidas em sua equipe ajudaram na violência e destruição durante os atos de 8 de janeiro de 2023.
Após as eleições, mesmo sem provas de fraude, Bolsonaro e seus aliados continuaram espalhando a mentira e incentivando acampamentos em frente a quartéis. Os ataques violentos de 8 de janeiro, que destruíram prédios dos Três Poderes em Brasília, foram a última tentativa de golpe.
Confira abaixo os aliados denunciados que podem se tornar réus com Bolsonaro após julgamento do STF:
- Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
- Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido candidato a vice de Bolsonaro em 2022.
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