Ufa, acabou a eleição…
Hora de colocar em dia a leitura que ficou atrasada nos últimos três, quatro meses. Nos últimos dias separei alguns livros que planejo ler ou reler nas próximas semanas, quase todos presentes dos meus filhos e de alguns amigos. Alguns já comecei. Alguns?
Quem me conhece sabe do costume que tenho, desde jovem, de ler mais de um livro ao mesmo tempo, livros que ficam estrategicamente espalhados pela casa, pelo escritório, aguardando a sua hora chegar. De temas diferentes, de perfis diferentes, que, de alguma forma, se encaixam na minha cabeça. Coisa de maluco? Não sei, só sei que é assim, como diria Chicó.
Quais são os livros desta breve temporada?
Presente do Felipe, meu filho caçula, comecei por estes dias a reler “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva, que li, emprestado de um amigo, logo após seu lançamento, em 2015. Claro, releitura atraída pelo lançamento do filme de mesmo nome, de Walter Salles, que está chegando aos cinemas por esses dias. O tema é conhecido: a vida da família de Rubens Paiva após seu desaparecimento, no auge da Ditadura Militar.
É uma história real, de um Brasil que parecia irreal, focada em Eunice, mulher de Rubens, uma narrativa densa, mas de fácil leitura, graças à arte de Marcelo. Tão logo terminar pretendo ir ao cinema. Mas só depois. Divido sua leitura com “1499, o Brasil antes de Cabral”, de Reinaldo José Lopes, presente de outro filho, Guilhermo, uma obra instigante, recheada de dados e informações, que revive a pré-história brasileira e mostra um perfil dos povos que habitaram esse espaço da América antes da chegada dos portugueses.
Espaço que era bem mais que florestas e algumas tribos de índio (ou povos originários, na linguagem de hoje) ao longo do litoral. Esse tema, separado por séculos do Brasil da Ditadura, me interessa de forma especial.
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Mas o liquidificador de letrinhas não para por aí…
Na esteira das memórias, mesma linha de “Ainda Estou Aqui”, comecei a ler, aqui e ali, outras duas obras, ambas presentes de amigos. Dias atrás, Cláudio Nicolini me surpreendeu com “Debate na Veia”, de Fernando Mitre, o diretor de jornalismo da Band, que, ao narrar a trajetória dos debates políticos na TV brasileira, traça um panorama da política do país dos anos 50, 60 para cá.
Uma aula de jornalismo, que fala de democracia, dos bastidores da imprensa e dos “solavancos” com que o Brasil avança e, algumas vezes, retrocede, a ponto de problemas debatidos 60 anos atrás como, por exemplo, a desigualdade na distribuição de renda, ainda serem atuais e desafiadores. Obrigado, Nicola.
Fechando a fila vem “Samuel Wainer, o Homem que Estava Lá”, da jornalista Karla Monteiro, considerada a biografia definitiva do fundador do “Última Hora”, marco do jornalismo brasileiro, presente de Fernando Salerno, um admirador de Samuel, assim como eu.
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Ufa, acabou a eleição…
Hora de “resetar” projetos, arejar a cabeça, reciclar ideias. Hora de organizar, reorganizar, a agenda daqui para 2025. Hora de ler, ver filmes, namorar, ficar com a família, viajar, enfim, viver a vida no que ela tem de melhor.
Voltando aos livros, na lista ainda cabe um bom “thriller” policial, da linha de Charlie Donlea, de “A Garota do Lago”, uma espécie de refresco, de pausa, entre tantos assuntos sérios, um hábito que adquiri por influência do Felipe, que me tornou fã de um bom romance de suspense. Alguém tem alguma dica para mim?
Segue o baile…
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