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    + Arte na Cidade

    Potências de criação: saúde mental e arte contemporânea

    22 de março de 2024Updated:22 de março de 2024Nenhum comentário5 Minutos de Leitura
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    Filho de carpinteiro, nascido em 1909 no Sergipe, aos 16 anos ingressa na Escola de Aprendizes Marinheiros em Aracaju. Aos 17 anos se alista na Marinha de Guerra no Rio de Janeiro, onde fica por 9 anos seguidos. Ali se torna campeão de boxe peso-leve. Causa muitos atritos e se desliga da Marinha indo trabalhar na antiga Light.

    Torna-se um faz-tudo na casa de um advogado trabalhista que o defendeu num processo contra a Light. Foi em dezembro de 1938 que Artur Bispo do Rosário se apresentou no Mosteiro São Bento no Rio de Janeiro como “aquele que veio julgar os vivos e os mortos“. É levado ao hospício da Praia Vermelha e depois transferido para a Colônia Juliano Moreira.

    Entre fugas e altas que recebeu, seu processo conflituoso de aceitação se apaziguou e, em 1964, permanece definitivamente na Colônia. Por conta própria, decide ficar 7 anos trancado numa cela onde iniciará o processo de representar todas as coisas existentes na terra para apresentar no juízo final, segundo seu próprio relato.

    Leia mais na coluna + Arte na Cidade: Museu sempre tem lojinha

    Desfiava os uniformes e lençóis velhos dos detentos e com essas linhas azuis e brancas bordava.
    Começou ausar os refugos da Colônia e acumulou mais de mil peças. Colecionava restos de embalagens, arames, barbantes, canecas quebradas, chinelos, objetos plásticos, garrafas, vassouras, enfim todo descarte era potencialmente nobre para agregar novos significados quando manipulado por ele nos seus estandartes e esculturas.

    Em 1982 sua primeira exposição no Museu de Arte Moderna no RJ foi um sucesso e ele recusou novos convites pois não se considerava artista e sua missão seria revelada somente no juízo final. Sua genialidade subverte a lógica excludente de todos estigmas que carregava – negro, pobre, louco e asilado em um manicômio.

    A Colônia Juliano Moreira cria em 1952 um departamento para guardar a produção do ateliê de arte terapia chamando-o de Egaz Muniz, médico português criador da lobotomia. Em 1980, já mais estruturado, o museu passa a se chamar Nise da Silveira, pioneira na utilização de tratamentos humanizados para os transtornos mentais como os processos artísticos e contato com animais domésticos.

    A atriz Gloria Pires desempenha o papel da doutora Nise da Silveira no filme “Nise: O Coração da Loucura”.

    Artur Bispo do Rosário produziu obsessivamente e com sua morte em 1989 todas suas mais de mil obras foram para o acervo do Museu Nise da Silveira. No ano 2000, o museu passa a se chamar Museu Bispo do Rosário e em 2002 Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea. Um museu que nasceu homenageando um método de silenciar os pacientes, depois homenageia a psiquiatra que revela outros conteúdos da loucura capazes de serem exteriorizados e finalmente o Museu dá voz a um artista que ficou internado ali por 49 anos.

    Suas obras constantemente expostas no Brasil e exterior são relacionadas à arte de vanguarda, art pop, novo realismo e Marcel Duchamp. Em 1995 representa o Brasil na Bienal de Veneza. Um artista que retratou e resignificou esteticamente suas experiências e seu cotidiano.

    Van Gogh: tormentos

    Vincent Van Gogh, artista holandês um dos maiores pintores do pós-impressionismo era conhecido por seu temperamento difícil e possíveis transtornos psiquiátricos. Após perder uma briga com Paul Gauguin, corta uma de suas orelhas e é levado para um hospital psiquiátrico em 1888. Com uma vida atormentada e sem nenhum reconhecimento se suicida em 29 de julho de 1890. Nesse dia calcula-se que, no porão da galeria do seu tio, havia 700 pinturas empilhadas sem nenhum comprador interessado.

    Aurora: grito contra a opressão

    Na 35ª Bienal de SP, no ano passado, vi pela primeira vez as pinturas de uma artista joseense nascida na virada do século passado. Seu grito contra a opressão, machismo, misoginia, desrespeito, desumanização são representados nos temas e traumas explícitos das violências que sofreu nas ruas como prostituta e depois como paciente no Complexo Psiquiátrico do Juquery, em SP.

    Em 1955, foi lobotomizada. Morre em 1959, aos 63 anos de idade. Suas pinturas são com cores quentes, vibrantes, realçadas por contrastes expressivos nos seus desenhos que se compõem com letras, palavras e pares de olhos mais legíveis que as frases descontinuadas.

    Aurora Cursino dos Santos frequentou a Escola Livre de Artes Plásticas do Juquery, fundada em 1949 e fechada em 1964, dirigida por Osorio Cesar que comentou sobre sua pintura: “Aurora é um dos exemplos mais evidentes de que o desenvolvimento da auto expressão era possível, principalmente se fossem oferecidas condições de trabalho e uma atitude motivadora por parte dos orientadores artísticos“. Suas mais de 200 pinturas expressam a liberdade perdida e a opressão vivida.

    Entre as exposições e instituições que já receberam suas obras estão: 35ª Bienal de SP, 11ª Bienal de Berlim (Alemanha), MAM-SP, IMS São Paulo, MAC-USP, 16ª Bienal de São Paulo e MASP (Brasil) e a Exposição Internacional de Arte Psicopatológica (Paris, França). Suas obras fazem parte do Museu de Arte Osório Cesar, em Franco da Rocha.

    “Percebe-se hoje nitidamente que a loucura nunca poderá enunciar a verdade da arte, assim como nunca a arte terá como enunciar a verdade da loucura” (Teixeira Coelho – 1944 2.022 – professor universitário, crítico de arte, curador e pesquisador).

    Como valorizar dispositivos criativos para a expressão de todos os corpos para sua preservação e não sufocamento de suas forças vitais? A possibilidade de criação acompanha o ser humano. Prefiro os questionamentos abertos nesse campo complexo entre loucura e arte e não limitados, restritos. Todos somos potência de criação e a arte é nosso grande estímulo.

    Breve, neste ano ainda, teremos a apresentação de um espetáculo teatral aqui em São José dos Campos pelo grupo A Blau Quer Falar (@cia.ablauquerfalar) que nos dará a oportunidade de conhecer mais sobre a artista joseense Aurora Cursino.

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    Pitiu Bomfin

    Pitiu Bomfin

    Artista plástica, curadora e educadora. Formada em Desenho Industrial pela FAAP / SP com pós graduação em Artes Plásticas pela ECA/USP e estudos em Arquitetura.
    Realiza trabalhos de curadoria além de cenografias e figurinos para grupos de teatro.
    Sua pesquisa artística envolve a fotografia, a pintura e processos gráficos muitas vezes utilizando referencias icônicas da historia da arte.
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