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    Exclusivo: A Galeria Poente vai fechar

    29 de fevereiro de 2024Updated:29 de fevereiro de 2024Nenhum comentário7 Minutos de Leitura
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    No último dia 22 de fevereiro a Galeria Poente ficou lotada na abertura da sua última exposição: Singularidades – uma coletiva de 10 artistas que participaram de uma mentoria com a curadora Francela Carrera.

    Particularmente me emociona muito este encerramento. Um público mais jovem, com energia festiva, foi prestigiar os 10 artistas que mergulharam neste processo de mentoria.

    E nós que acompanhamos algumas dessas trajetórias percebemos a profundidade alcançada nesse mergulho. Artistas que participaram de outros projetos da Galeria e seguiram suas pesquisas com coragem nessa primorosa orientação.

    Sem spoiler, não perca, até dia 16 de março.

    fachada da galeria poente em tarde de sol
    (Foto: Arquivo Pessoal)

    Glamour desmistificado

    Falar da Galeria Poente é falar de sonho e realização. É falar de dedicação, coragem e entusiasmo diante de todos inúmeros desafios que a prática impõe. É tentar abrir possibilidades de conexões num mundo chamado mercado de arte e políticas culturais. É se debruçar para aprender novos códigos, ler muitos textos jurídicos mais difíceis que muitos textos de críticos de arte. É principalmente conviver com processos artísticos e criativos diversos se encantando com as obras. É uma realidade de glamour desmistificada.

    Paulo Henrique Rosa, o Paulo da Galeria Poente, em São José dos Campos, sente que a Galeria foi sua realização artística, um processo na sua carreira de fotógrafo que tentou conjugar com seu trabalho de sustento. A Galeria Poente teve uma gestação de quase 10 anos. Nesse período, Paulo elaborou um plano meticuloso de sucesso. Adquiriu uma casa em ruínas na avenida Anchieta, em São José dos Campos. Que em 2010 foi demolida. A nova construção teve início em 2016.

    Quem se lembra daquela região com inúmeras casinhas rebaixadas da calçada, antigas e a maioria bastante deterioradas? Uma a uma seguiram outros destinos e uma delas se tornou Galeria de Arte. Poente, homenagem ao belíssimo pôr do sol que o Banhado nos oferece ali. Uma pena se você perdeu de contemplar esse pôr do sol ali da Galeria.

    Trinta exposições

    A Galeria Poente foi inaugurada em 2019. Paulo se aposentou em 2020, a pandemia chegou, e agora, em 2024, a Galeria vai fechar. Foram 30 exposições.

    Inicialmente ele apostou e investiu numa estrutura que incluía muitos profissionais que se dedicaram para atingir os objetivos principais da galeria: a venda seria seu principal DNA como todas as galerias. Emblematicamente foi durante a pandemia que a galeria obteve suas melhores vendas. Talvez porque as pessoas não podiam sair e resolveram trazer trabalhos artísticos para dentro de casa.

    Paulo foi mapeando os artistas para convidá-los para expor gratuitamente como uma galeria deve fazer. E assim conseguiu trabalhar com critérios claros, mantendo qualidade e continuidade.

    grupo de artistas na galeria poente
    Galeria Poente tem em sua essência um poder de agregar artistas (Foto: Arquivo pessoal)

    Não estamos falando de fortunas para comprar obras de arte que é o que o senso comum imagina. Os artistas mais reconhecidos vendem por valores mais altos; os jovens artistas, mais baixos. Deveria a Galeria expor somente artistas consagrados para garantir seu funcionamento? Não.

    A garantia é zero. Ainda somos uma cidade provinciana onde os poucos compradores de arte buscam artistas medalhões com a rubrica de SP capital. Além desse patamar de compradores, existe uma outra camada de compradores esporádicos, número nada suficiente para manter um fluxo de vendas e sustento de uma galeria.

    Vendas versus editais

    Participando de editais municipais e Proac, a Galeria conseguiu viabilizar inúmeras exposições, um Salão de Artes, mentorias, oficinas, debates, encontros de artistas.

    Seu funcionamento envolve tantos detalhes, desde limpeza, jardinagem, seleção e transporte de obras, seguro da Galeria e das obras expostas, luz, água, internet, divulgação em mídias, montagem e desmontagem etc. A estrutura inicial com profissionais de produção e marketing não se manteve por muito tempo. Em 2022, foram várias exposições com subsidio de editais favorecendo jovens artistas.

    Qual edital contempla tudo isso?

    Paulo conseguiu alguns patrocinadores para exposições com pequenas cotas.
    Nunca foi suficiente também para a manutenção do espaço. E para alguém que já tinha investido tanto tornou-se difícil cobrir as despesas com sua aposentadoria. Outra tentativa foi alugar o espaço da Galeria um dia à noite para outras atividades, como lançamentos de livros e eventos. Realizou também parcerias com alguns arquitetos que frutificaram pouco.

    A Galeria Poente foi um investimento tão único nas artes plásticas de nossa cidade e mesmo assim não teve nenhuma oportunidade de parceria público privada. Considerando que nenhum outro equipamento existente na cidade realiza esse rol de atividades que a Poente realizou, perdemos muito com seu fechamento.

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    Último recurso

    Sua última tentativa foi concorrer num edital municipal onde ele propunha realizar seis exposições no ano com artistas locais e outros de São Paulo, mais encontros com artistas e curadores e mentoria para jovens artistas. Incluía também uma mostra de obras do artista Egydio Rossi e o II Salão de Artes da cidade. Essa seria sua agenda 2024. Com o projeto não aprovado, Paulo tomou a decisão de fechar.

    Os editais municipais estão defasados nas suas abrangências quanto às necessidades dos espaços privados que cumprem funções que ele, setor público, não atende. E mais defasados ainda nas verbas distribuídas. Durante a pandemia foi necessário diluir os valores e atingir o maior número possível de grupos artísticos, a pandemia acabou e os valores continuam restritos.

    Cada espaço cultural privado tem suas particularidades e gerências especializadas. Disputam seleções de projetos no âmbito estadual e federal concorrendo com milhares de proponentes e exigências jurídicas. A Galeria foi contemplada em alguns, mas não para este ano.

    A principal consequência da ausência de exposições de artes plásticas na cidade é não formar público e condenar os jovens artistas à precariedade e invisibilidade.

    Século XXI e ainda precisamos reivindicar o básico.
    Ao longo de nossa história, de nossa cidade, vimos muitas iniciativas artístico-culturais se realizarem e desaparecerem. Quando revisito essas histórias tenho convicção de que existe ainda uma chama acesa de todas elas e que um dia um novo vento soprará esse braseiro. Minhas utopias não me abandonam.

    A Galeria Poente foi além do seu DNA inicial, pois proporcionou um território rico de experiências e trocas com fluxo de obras e artistas, curadores, além de promover debates sobre processos, oficinas e mentorias. Seu comprometimento com uma agenda contínua resultou rapidamente no seu reconhecimento como referência das artes plásticas da cidade.

    Novos planos

    Depois de fechar a Galeria Poente, o que envolverá também uma grande produção, Paulo pretende descansar e acertar sua vida financeira. Viajar um pouco também.
    Como o contato com obras de arte contagia, já surgiram ideias de criar novas experiências expositivas. Outros formatos, como itinerância em espaços culturais parceiros. Sem sede própria, os custos desse novo formato terão de ser rearranjados e o que não lhe faltará será experiência.

    Paulo pretende retomar também o projeto de visitas a ateliês de artistas de São José dos Campos e até organizar grupos para visitar galerias em São Paulo. Ideias em ebulição criativa carregando a chama pra não apagar. A Galeria Poente foi um processo fértil que com certeza lhe trouxe muita habilidade para lidar com outros parceiros e os desafios de concretizar ideias.

    A Galeria Poente mantém um acervo para venda nesses dois marketplaces: ARTSOUL e NANO ART HUB. Os catálogos de todas exposições estão registrados na Câmara Brasileira do Livro, uma excelente iniciativa e um marco importante na história das artes plásticas de nossa cidade.

    Até dia 16 de março a Galeria Poente estará aberta com a exposição Singularidades. Veja nas páginas da Galeria os horários e se der sorte aprecie o pôr do sol.

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    * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.

    Pitiu Bomfin

    Pitiu Bomfin

    Artista plástica, curadora e educadora. Formada em Desenho Industrial pela FAAP / SP com pós graduação em Artes Plásticas pela ECA/USP e estudos em Arquitetura.
    Realiza trabalhos de curadoria além de cenografias e figurinos para grupos de teatro.
    Sua pesquisa artística envolve a fotografia, a pintura e processos gráficos muitas vezes utilizando referencias icônicas da historia da arte.
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