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    Made in Sanja: A trajetória do menino do Pinheirinho que chegou ao Google

    19 de agosto de 2023Updated:3 de abril de 2024Nenhum comentário8 Minutos de Leitura
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    Uma vida que poderia estar escrita num livro. A trajetória de Pedro Serafim é permeada por diversas mudanças desde o dia em que ele e a família vieram morar em São José dos Campos.

    Pedro no Google
    O jovem durante o período de estágio no Google (Foto: Arquivo Pessoal)

    Atualmente cursando o Ensino Superior no ABC Paulista, ele chegou até os escritórios do Google em São Paulo. Antes disso, passou por instituições joseenses que o ajudaram a moldar seu caráter e morou numa das maiores ocupações do Brasil.

    Pedro é fruto da migração nordestina, mas tem em suas raízes o sangue joseense. O seu avô, o senhor Brasilino Gomes, vivia na cidade antes de se casar com a avó Maria Nunes, na Bahia.

    No começo do novo milênio, vieram todos para a capital nacional da aviação em busca de melhores condições de vida. Do dia em que chegaram até hoje, Pedro deixou de ser um menino, se tornou um homem determinado e não se deixa levar pelas adversidades da vida.

    A grande mudança

    Pedro descobriu a existência das universidades públicas somente em 2015, aos 19 anos. O que antes era algo muito distante na visão do jovem, hoje é realidade.

    Entre o momento da descoberta e entrar na faculdade passaram-se dois anos. Nesse tempo, com muito estudo e dedicação, ele foi aprovado em quatro cursos e escolheu a Universidade Federal do ABC (UFABC) para cursar dois bacharelados: de Ciências Humanas e de Políticas Públicas.

    Com os cursos, ele aprende a como gerir projetos e fazer todo o processo de elaboração, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas.

    Essas ferramentas colaboraram para que ele conquistasse uma vaga de estágio no Google. Ele teve acesso a um dos prédios mais famosos da Faria Lima por meio do programa Next Step, voltado à pessoas negras.

    No setor corporativo ele pode aprender mais sobre a área de negócios e além de ter sido da equipe de vendas, ainda foi líder da área de insights, no qual no qual foi responsável por ajudar no processo de extração, de limpeza, ordenamento e categorização de dados.

    O processo seletivo até chegar na empresa não foi fácil e durou cerca de sete meses. Mas entre tantas outras adversidades que viveu, esse só foi mais um passo que ele teve que caminhar.

    Acessar o ensino superior foi motivo de muita felicidade. Pedro enxergava nisso a oportunidade de ajudar a família, que no período quando foi aprovado no vestibular, estava passando por uma situação financeira difícil.

    Nesta época, o avô estava doente. Então, somente a avó sustentava a casa com a ajuda do pouco que o rapaz ganhava trabalhando numa lan house.

    “Não dava para ajudar muito, mas eu estava tentando. Naquela situação eu só queria tentar encontrar uma maneira de ajudar”, conta.

    A primeira mudança

    No momento em que chegaram em São José, o menino, os avós e uma prima, considerada uma irmã, foram morar no porão de uma igreja. Ficaram lá por um tempo, mas com dificuldades para pagar o aluguel, viram uma oportunidade de mudarem de endereço ao saberem de uma ocupação na zona sul da cidade. A nova casa, feita de madeira, ficava numa das maiores ocupações que já existiram no país: o Pinheirinho, na zonal sul de São José dos Campos.

    A família morou no mesmo local por oito anos, quando teve que desocupar a residência. Para Pedro, viver a infância no Pinheirinho foi uma batalha que o ajudou a se tornar uma pessoa mais resiliente.

    A infância no Pinheirinho
    A infância de Pedro no Pinheirinho (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

    “Quando digo que foi enriquecedora, quero dizer que para que a gente consiga enriquecer, precisamos trabalhar. Então, minha infância foi trabalhosa, mas ao mesmo tempo me tornou uma pessoa muito mais forte, resiliente e capaz. Ter sido uma criança mais madura me ajuda a lidar com os problemas da vida adulta”, relata.

    Em 2012, o Pinheirinho foi desocupado por meio de uma ação violenta da polícia. O cenário se tornou uma tragédia nacional. Sair de lá não foi algo fácil para o garoto. Junto dos familiares, além da casa de alvenaria, foram construídos laços toda a comunidade.

    “A gente também tinha um jardim com plantas que meus avós cuidavam e gostavam bastante. E aí, numa noite, a gente se viu na rua, sem casa. Foi uma experiência muito triste de perda, mas ali eu entendi que nada é permanente e que a vida tem esses processos de mudança repentina”.

    Mudança de paradigma

    De forma geral, a vida de Pedro foi bastante impactada por conta do episódio. Com isso ele também entendeu que não gostaria de passar por aquela situação outra vez.

    Seu desejo de construir algo para que os avós pudessem viver melhor era uma forma de tentar ampará-los.

    Até então, ele diz que se sentia protegido por eles e naquela situação houve uma virada de chave, conforme Pedro fala: “eu tentei canalizar toda essa energia de raiva e revolta e transformei na vontade de fazer alguma coisa, pois naquele momento quem precisava de proteção eram os meus avós”. 

    Pedro e os avós na Bahia, em 1999
    O menino e os avós na Bahia, em 1999 (Foto: Arquivo Pessoal)

    Depois que saíram do Pinheirinho, a família viveu de aluguel por um período de cinco anos. Até que, em 2017, conseguiram comprar um imóvel pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida no conjunto habitacional Pinheirinho dos Palmares, na zona sudeste de São José.

    Nesse meio tempo, para cumprir com o seu desejo, Pedro trabalhou em diversos locais: foi Jovem Aprendiz na Embraer (programa que oferece capacitação, orientação e inserção de pessoas de jovens de 14 a 24 anos no mercado afim de reduzir os índices de oportunidades que deixam de ser dadas a quem não tem experiência). E também foi balconista na lan house e vendedor de uma loja de pufes.

    O que fez tudo mudar

    Com o pouco dinheiro que ganhava, ele teve um pensamento que mudou tudo.“Eu vi que se quisesse ter um futuro, precisaria estudar para ter uma oportunidade melhor na vida”.

    Nesse contexto, quem desempenhou um papel fundamental na vida do jovem foi o CASD (Curso Alberto Santos Dumont), o curso preparatório pré-vestibular gratuito oferecido por alunos do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

    Pedro passou pelo processo seletivo e ganhou uma vaga para se preparar para entrar na universidade. Mas no ano em que esteve na instituição, em 2016, Pedro e a família chegaram a sentir fome. Faltava alimentos em casa e a situação de saúde do vô Brasilino estava ainda mais grave.

    Para auxiliar, o vestibulando conciliava os estudos com o trabalho na loja de pufes, que ficava próxima ao cursinho.

    Pedro e Bárbara Roberta, professora de redação no CASD na época
    Pedro e Bárbara Roberta, professora de redação no CASD na época (Foto: Arquivo Pessoal)

    “Fiz isso durante aquele ano, mas tinha muito pouco dinheiro. Então, conversei com a assistente social do CASD, porque estava passando por uma situação difícil e eles me ajudaram com a  passagem do ônibus. Uma professora de língua portuguesa também me ajudou com um “voucher” na cantina e isso me marcou muito”. 

    Além do mais, o CASD ainda o ajudou a ter mais desenvoltura: “foi lá que eu desenvolvi minhas habilidades cognitivas, de construção de relacionamentos, de comunicação em público. Tive um momento de expansão de horizontes, da minha visão e percepção sobre a realidade e o mundo”.

    Isso foi algo muito importante na trajetória do estudante, porque de acordo com ele, estar dentro daquele coletivo foi uma experiência única: “eu cheguei na universidade e todas essas habilidades que eu fui adquirindo no cursinho foram retrabalhadas e são utilizadas dentro da minha graduação”.

    Alçar novos vôos 

    Com tantas mudanças significativas, lidar com tantos processos com sabedoria e discernimento tem motivo: Pedro é apaixonado por filosofia.

    “O processo de mudança constante, eu acho que é a única lei, talvez que seja a mais real que existe no mundo. É como dizia Heráclito, filósofo pré-socrático: ‘tudo muda, nada é permanente’ .Parece que as vezes esses processos não são bons para nós, mas na verdade são. E para o futuro, eu quero estar em um lugar que esteja alinhado com os meus valores. Quando essa oportunidade surgir, eu sei que vou estar preparado para ela”. 


    Esta matéria faz parte da série especial “Made in Sanja”, produzida pelo Portal SP Rio+, que celebra a população de São José e traz histórias de pessoas que destacaram Brasil afora. Nesta primeira temporada, foram produzidas quatro reportagens que contaram a vida e a trajetória da artista Leilah Moreno, do jogador profissional de FIFA Klinger Castro, da chef Viviane Gonçalves e do estudante Pedro Serafim.


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