Trabalhadores da Embraer de Eugênio de Melo aderem greve por aumento real

O protesto ocorreu para exigir da empresa o aumento real de salário e a manutenção dos direitos previstos em convenção coletiva

Os trabalhadores da Embraer de Eugênio de Melo, em São José dos Campos, pararam as atividades por uma hora, nesta quinta-feira (13).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, o protesto ocorreu para exigir da empresa o aumento real de salário e a manutenção dos direitos previstos em convenção coletiva.

Trabalhadores da Embraer de Eugênio de Melo aprovam greve. Foto: Roosevelt Cássio

Ao todo, 400 trabalhadores do 1º turno da fábrica participaram da paralisação.

Esses trabalhadores reivindicam 14% de reajuste, vale-compras de R$ 800 mensais para todos da fábrica, renovação da convenção coletiva, Plano de Cargos e Salários (PCS) e proibição da terceirização da produção da empresa.

Na última terça-feira (11), os metalúrgicos da unidade Faria Lima aprovaram aviso de greve devido a esse mesmo problema.

De forma rápida, o Sindicato se reuniu com representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para negociação da Campanha Salarial do setor aeronáutico da região.

Porém, não houve avanço nas negociações.

Segundo a Entidade, a Fiesp continuou propondo apenas a reposição da inflação (8,83%) aos salários, vale-compras de R$ 300 para trabalhadores que ganham até R$ 6.700, além da liberação da terceirização na fábrica.

Uma nova reunião entre o Sindicato e Fiesp está marcada para a próxima terça (18).

Desde 2018, a Embraer se recusa a assinar a convenção coletiva dos metalúrgicos. Com o aviso de greve, se não houver avanço nas negociações, poderá ocorrer nova paralisação.