Arthur Pecos celebra título do CBB pelo São José; “É uma honra pra mim, fiquei muito feliz e orgulhoso”

Arthur Pecos durante a semifinal contra o AZ Araraquara. Foto: Diego Maranhão e Maurício Almeida/CBB

O São José Basketball voltou a conquistar um título nacional depois de 40 anos. O triunfo na final do CBB (Campeonato Brasileiro de Basquete), no último sábado (7), sobre a Liga Sorocabana colocou o time da região de volta ao cenário do esporte nacional depois de dois anos sem atividades por decorrência da pandemia da Covid-19.

Em entrevista nos estúdios da SP RIO+, o armador Arthur Pecos, um dos destaques do São José na conquista nacional, disse que o título foi muito mais que apenas um troféu.

“É uma honra pra mim, fiquei muito feliz e orgulhoso, porque todo mundo sabe a tradição do São José. O nosso time estava bem treinado e focado. Um time que trabalhava muito bem e foi merecedor. Agora é o momento de a gente curtir essa conquista”, disse o Armador.

Com o troféu garantido, o São José agora pode disputar o NBB (Novo Basquete Brasil), considerado o torneio mais importante da modalidade no Brasil e focar na próxima edição do Campeonato Paulista.

No entanto, Arthur Pecos afirmou que não tem certeza de que o time joseense vá disputar a competição nacional e se vai continuar vestindo a camisa do São José.

“A minha ideia com certeza é ficar em São José dos Campos, mas a gente ainda precisa de algumas definições para a disputa do Paulista e do NBB. Nós conquistamos a vaga, mas o São José ainda tem algumas coisas para comprovar e ainda não temos tanta certeza se vamos disputar o NBB”, disse o armador.

Apesar disso, ele afirmou que a diretoria do São José Basketball está procurando novos patrocínios para a próxima temporada.

“Tenho certeza que agora a diretoria vai buscar todo o apoio que a gente precisa para jogar o NBB. Pra jogar a competição precisamos de algumas comprovações, mas esse é o momento pra eles (diretoria) buscar essas coisas que precisam para jogar o NBB”, afirmou.

Carreira e ‘namoro’ pelo São José

Criado em uma família de jogadores de basquete, Arthur Pecos começou sua história na modalidade com apenas 6 anos de idade nas quadras do bairro de Pirutuba, na capital paulista.

Além do São José, ele jogou em algumas equipes do basquete brasileiro, como: Paulistano, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Mogi das Cruzes e Unifacisa Basquete da Paraíba. Arthur também vestiu a camisa da Seleção Brasileira de Basquete e venceu vários prêmios individuais ao longo de sua gloriosa carreira.

Arthur foi contratado pelo São José Basketball para a disputa do CBB e do Campeonato Paulista. Mas, segundo o próprio atleta, ‘existia um namoro’ com o time da região desde a época em que ele jogava no Palmeiras, entre 2012 e 2013.

Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Treinamento e dificuldades durante a campanha

A campanha do São José no CBB foi ‘literalmente’ uma maratona, com jogos em ‘dia sim e dia não’. Isso é algo que desgasta o físico e o mental de todos os jogadores profissionais.

Para Arthur Pecos, a comissão técnica da equipe joseense foi de extrema importância na recuperação física dos jogos da competição.

“Tenho que exaltar o trabalho do nosso preparador físico e ex-jogador do São José, Paulo Nery, que cuidou muito bem da gente. Porque em uma sequência dessa de jogos precisamos estar muito bem fisicamente. Além da parte física treinada, os atletas também precisam se cuidar, porque nos momentos importantes o físico e o mental são coisas que fazem muita diferença”, relatou o armador.

Foto: Claudio Vieira/PMSJC

A casa e a força da torcida

Tradicional e histórico, o Ginásio do Linneu de Moura é a casa do basquete joseense desde 1958, ano da inauguração do poliesportivo localizado no centro da cidade. Em março deste ano, o esporte de São José dos Campos conheceu uma nova casa, a Farma Conde Arena, na zona oeste da cidade.

Com essas duas possibilidades, o armador afirmou que tem vontade de jogar na nova arena, mas que o Linneu de Moura faz parte da história do basquete joseense.

“A arena é muito grande e a cidade tem capacidade de lotar aquele lugar, mas quando o Linneu de Moura lota se torna uma coisa muito difícil para quem está jogando contra o São José. Se a gente jogar na Arena vai ser muito bom, mas o Linneu é algo para quem está mais acostumado, porque sabemos que ali ‘pega fogo’ quando a torcida enche o ginásio”, disse o armador.

Foto: Claudio Vieira/PMSJC

Falando em torcida, Arthur Pecos ressaltou o apoio dos torcedores do time da região.

“São José tem uma torcida incrível. Já joguei do outro lado, e agora jogo aqui, e vejo que é bem mais fácil jogar. Temos que exaltar os torcedores que saíram de São José dos Campos e foram pra Blumenau. Ficamos felizes também ao ver o Linneu de Moura lotado com o telão”, afirmou Pecos.