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A Região Metropolitana do Vale do Paraíba completou, em 2019, uma década com a maior taxa de vítimas de homicídio por 100 mil habitantes de todo o estado de São Paulo, com 12,28.
Em 2010, era 15,16, quando se tornou a maior do estado.
O índice de 2019 é 87% superior à média registrada no estado (6,56 vítimas por 100 mil) no ano passado e ultrapassa em 57% a taxa de Campinas (7,82), segunda colocada no ranking estadual.
A RMVale tem ainda quase o dobro da taxa da Grande São Paulo, que registrou 6,48 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes em 2019 –a do Vale é 90% superior.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), regiões com taxa acima de 10 vítimas por 100 mil habitantes estão em “zona endêmica” para a violência.
“A sociedade vai continuar cobrando reforço no policiamento militar e investimento, por parte do estado, na capacidade investigativa da Polícia Civil”, disse Nazareth Melo Vasconcelos, do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de São José dos Campos.
Na série histórica da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública), que começa em 2001, o Vale aparece com 26,84 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes naquele ano, tendo caído para 16,66 em 2005 (-38%) e depois subiu para 18,23 em 2012.
Desde então, a região entrou em ritmo de queda até 2015, com taxa de 16,28, para subir para 17,80 no ano seguinte. A partir daí, a taxa vem caindo no Vale. A de 2019 (12,28) é a menor da história para a região, segundo a SSP.
Porém, o estado atingiu marca semelhante em 2007, 12 anos antes do Vale. Campinas tem abaixo de 12 desde 2006.
O Vale fechou 2019 com 316 pessoas mortas em homicídios e latrocínios, segundo dados oficiais da SSP divulgados nesta sexta-feira.
O número mantém a região na liderança da violência no interior do estado, superando a segunda colocada Campinas, que registrou 301 mortes, e Ribeirão Preto, com 241.
A boa notícia é que as mortes caíram 13,19% na comparação com 2018, ano com 364 vítimas de homicídios e latrocínios no Vale.