Apenas oito dias depois de ter sido anunciada pelo ministro Ricardo Vélez como secretária-executiva do Ministério da Educação, Iolene Lima afirmou no início da madrugada desta sexta-feira (22) que não seguirá no governo Jair Bolsonaro (PSL).
Em comunicado enviado a amigos no WhatsApp e posteriormente publicado em sua conta no Twitter, Iolene afirmou que recebeu, nesta quinta-feira (21), a notícia de que não faria parte do MEC.
“Diante de um quadro bastante confuso na pasta, mesmo sem convite prévio, aceitei a nova função dentro do ministério. Novamente me coloquei à disposição para trabalhar em prol de melhorias para o setor”, disse Iolene, desejando “o melhor” ao presidente e ao ministro.
Ligada a Igreja da Cidade e ex-diretora do Colégio Inspire de São José dos Campos, Iolene foi anunciada no último dia 13 para o cargo, considerado o segundo mais importante do MEC, apenas atrás do ministro.
Especula-se que a Casa Civil, comandado pelo ministro-chefe Onyx Lorenzoni, teria vetado o nome de Iolene ao cargo. Sua nomeação ainda não havia sido publicada no Diário Oficial da União.
INDICAÇÕES
Ela é mais uma na lista de profissionais do Vale com cargos no MEC que teriam sido criticados por membros do governo ligados ao escritor e filósofo Olavo de Carvalho, espécie de “guru” do presidente Bolsonaro.
O primeiro foi Luiz Antonio Tozi, que foi nomeado em 1º de janeiro e exonerado do cargo de secretário-executivo do MEC na semana passada.
Em seu lugar, o ministro indicou Rubens Barreto da Silva, secretário-executivo adjunto da pasta, que sofreu críticas e nem chegou a ser nomeado. Os dois eram da direção da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de São José dos Campos e considerados da ala “técnica” do MEC, campo em atrito com os simpatizantes de Olavo.
(O Vale)