
Autoridades paulistas deflagraram nesta terça-feira (25) a Operação Juçara, que mira um grupo acusado de retirar ilegalmente palmito juçara de áreas de proteção ambiental no Vale do Paraíba, no Vale do Ribeira e em outras regiões de São Paulo.
Os produtos eram enviados pelo grupo a fábricas clandestinas onde o palmito era manipulado e envasado sem qualquer controle sanitário.
A investigação, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Ambiental e da Vigilância Sanitária, aponta que o esquema envolvia a extração do palmito “in natura” dentro de unidades de conservação e o transporte do material para galpões improvisados que funcionavam como linhas de produção ilegais.
Ao todo, oito mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Juquitiba, Miracatu e Itapecerica da Serra, onde os investigadores acreditam estar parte da estrutura do grupo.
Veja também: Modernização da SP-50, rodovia que liga SJC a Monteiro Lobato, será apresentada em dezembro
Denúncia no Vale do Paraíba
O caso ganhou força após uma sequência de denúncias de danos ambientais no Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Santa Virgínia, entre São Luiz do Paraitinga e Caraguatatuba.
Segundo o Ministério Público, os suspeitos chegaram a abrir empresas para tentar dar aparência de legalidade ao negócio, mas o palmito era preparado em fábricas clandestinas, sem higiene, ventilação adequada ou qualquer tipo de inspeção — prática que coloca consumidores em risco e pressiona ainda mais uma espécie já ameaçada.
Confira: Inmet indica grande perigo de tempestades no Litoral Norte