O Brasil é um país de Marias, Josés, Silvas e Santos. E agora, é possível descobrir exatamente quantos e onde eles estão — e até comparar com nomes de outros países. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta terça-feira (4) o site Nomes no Brasil, uma plataforma interativa que detalha a ocorrência, a concentração geográfica e a evolução de nomes e sobrenomes registrados no país, com base nos dados do Censo Demográfico de 2022.
A nova edição amplia e atualiza a versão lançada em 2016, oferecendo uma experiência de navegação intuitiva e dinâmica. O site permite cruzar informações, comparar períodos e explorar tendências de forma visual. São inúmeras possibilidades de consulta, e, como destacam usuários que já testaram a ferramenta, é fácil passar horas navegando entre os nomes e curiosidades.
Além do Brasil, o público pode visualizar também os nomes masculinos, femininos e sobrenomes mais comuns em outros países. Na Somália, por exemplo, o nome masculino mais popular é Mohamed, o feminino Maryan, e o sobrenome Ali. Na China, o nome mais comum entre homens é Wei, entre mulheres Li, e o sobrenome mais recorrente é Wang.
O site traz ainda dados curiosos sobre países como:
- Itália – Nome masculino mais popular: Giuseppe (2.018 pessoas no Brasil); nome feminino: Maria (12,2 milhões); sobrenome mais comum: Rossi.
- França – Nome masculino: Jean (171.850 pessoas no Brasil); feminino: Marie (4.509); sobrenome: Martin.
- Canadá – Nome masculino: David (228.894 pessoas no Brasil); feminino: Maria (12,2 milhões); sobrenome: Smith.
No caso brasileiro, o levantamento mostra que Maria segue como o nome mais popular, com 12,2 milhões de registros, o equivalente a cerca de 6% da população. Em cidades do Ceará, como Morrinhos e Bela Cruz, uma em cada cinco pessoas se chama Maria. Entre os homens, José lidera com 5,1 milhões.
Entre os sobrenomes, Silva continua sendo o mais comum, presente em 16% da população (34 milhões de brasileiros), seguido por Santos, Oliveira e Souza.
A plataforma permite ainda consultar os nomes mais comuns antes de 1940 e em todas as décadas seguintes, até 2020 a 2023. É possível ver, por exemplo, que o auge das Marias ocorreu entre 1960 e 1969, enquanto nomes como Gael, Ravi e Valentina ganharam força após 2010, com destaque para Gael, que passou de 763 registros na década de 2000 para 96,5 mil entre 2020 e 2022.
A idade média de uma pessoa chamada “Gael” é de 1 ano, enquanto o nome “Dorival”, tem a idade média de 60 anos.
Segundo o IBGE, o sistema considera apenas o primeiro nome informado no Censo, não contabilizando compostos como “Maria Luiza” ou “José Carlos”. Também diferencia variações ortográficas, como Ana e Anna ou Luiz e Luis.
No menu “Rankings”, é possível filtrar nomes por gênero, década de nascimento, inicial e localidade — do país inteiro até municípios específicos. Cada nome traz uma linha do tempo de popularidade, a idade mediana de quem o carrega e o mapa de distribuição geográfica.
Além dos rankings, a seção “Fatos e curiosidades” apresenta histórias e jogos interativos relacionados aos nomes, tornando a experiência não apenas informativa, mas também divertida.
Com uma interface acessível e visualmente atrativa, o Nomes do Brasil transforma estatísticas em uma viagem pela cultura e pela identidade do país — e mostra como cada nome, por mais comum que pareça, carrega um pedaço da história brasileira.
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