Close Menu
    Sobre a spriomais
    • Institucional
    • Equipe
    • Contato
    Escute a rádio spriomais
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube LinkedIn WhatsApp
    • Institucional
    • Equipe
    • Contato
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube Spotify LinkedIn WhatsApp
    spriomais
    • Notícias
      • Cidades
      • Cultura
      • Especiais
      • Esporte
      • Geral
      • Made In Sanja
      • Meio Ambiente
      • Mulher
      • Polícia
      • Política
      • Tecnologia
      • Turismo
    • Colunas
      • + Arte na Cidade
      • Animais Ok
      • Berlim Esporte Clube
      • Código Fonte
      • Cozinha sem Chef
      • Da janela do Helbor
      • Educação Conectada
      • ESG na Prática
      • Ofício das Palavras
      • Todas as Claves
      • Viva
    • Podcast
    • Branded
    • Acontece spriomais
    • Publicidade Legal
    rádio
    spriomais

    Assai novo Assai novo

    Você está em:Início » 60% dos rios do mundo estão sob estresse e você provavelmente não sabe
    ESG na Prática

    60% dos rios do mundo estão sob estresse e você provavelmente não sabe

    O novo relatório da WMO revela um planeta em desequilíbrio hídrico. E o Brasil não está fora dessa conta.
    Autor: Luís Magalhães12 de outubro de 2025Nenhum comentário4 Minutos de Leitura
    WhatsApp Facebook Twitter LinkedIn Email
    Compartilhe
    Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Email Copy Link
    (Créditos: Divulgação)

    Imagine uma criança tentando pescar num rio quase seco, enquanto, do outro lado do mundo, uma enxurrada arrasta casas e plantações em minutos. Essas cenas, aparentemente opostas, fazem parte do mesmo enredo, a água está perdendo o equilíbrio. 

    Segundo o relatório “State of Global Water Resources 2024”, da Organização Meteorológica Mundial (WMO), 60% dos rios do planeta apresentaram níveis fora do normal no último ano, metade em seca severa, metade em excesso. O que antes era exceção, agora é o novo normal, ou seja, extremos climáticos se tornaram rotina, e a segurança hídrica, uma corrida contra o tempo. 

    O documento revela ainda que apenas um terço das bacias hidrográficas do mundo manteve condições normais em 2024, enquanto dois terços sofreram desequilíbrios severos. Foi também o sexto ano consecutivo em que o ciclo global da água apresentou distorções significativas.

    As consequências são visíveis, secas prolongadas castigaram a América do Sul e o sul da África, afetando plantações e reduzindo drasticamente os níveis dos rios. No Brasil, o Rio Negro, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu em 2023 o nível mais baixo dos últimos 100 anos, um alerta preocupante sobre a vulnerabilidade de ecossistemas antes considerados resilientes. 

    A crise também avança silenciosamente nas geleiras do planeta, que perderam massa pelo terceiro ano consecutivo, comprometendo as reservas naturais de água doce que abastecem bilhões de pessoas. E 2024 entrou para a história como o ano mais quente já registrado, com temperatura média global 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais, intensificando a evaporação e agravando os eventos extremos. 

    O estudo da WMO é um alerta global. Ele mostra que 2024 foi o ano mais quente já registrado, com temperatura média 1,55 °C acima da era pré-industrial. Glaciares continuam derretendo pelo terceiro ano consecutivo, elevando o nível dos oceanos e reduzindo as reservas de água doce.

    O relatório reforça uma verdade desconfortável, a crise climática é, antes de tudo, uma crise da água. E quando ela se agrava, o impacto recai sobre todos da agricultura à energia, da indústria à saúde pública. 

    O Brasil detém cerca de 12% da água doce superficial do planeta, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Mas isso não nos torna imunes. De acordo com dados do MapBiomas Água (2023), o país perdeu 15% da superfície coberta por água nas últimas quatro décadas. E mais, estima-se que 114 mil quilômetros de rios brasileiros apresentem níveis críticos de poluição, resultado do despejo de esgoto, rejeitos industriais e agroquímicos. 

    No bioma mais populoso, o da Mata Atlântica, vivem mais de 120 milhões de pessoas, das quais milhões sofrem com intermitência no abastecimento, enchentes urbanas e contaminação por metais pesados e efluentes. Somos o país da abundância hídrica, mas também da desigualdade no acesso e na gestão. 

    A frase, presente no relatório da WMO, é simples e certeira: “não se gerencia o que não se mede”. Sem dados, não há ação. Sem monitoramento, não há prevenção. A ausência de medição sistemática das águas superficiais e subterrâneas impede que governos e empresas planejem com antecedência, transformando eventos previsíveis em tragédias anunciadas. 

    Por isso, o tema hídrico precisa ocupar o centro das estratégias ESG. Água não é apenas uma variável ambiental, é um indicador de governança, de justiça social e de resiliência climática. Empresas que ignoram a gestão da água expõem-se a riscos operacionais e reputacionais; já aquelas que investem em tecnologias de regeneração e eficiência estarão na vanguarda da sustentabilidade real. 

    O relatório da WMO é mais do que um diagnóstico, é um espelho. Ele mostra o preço da inação e a urgência de colocar a água no coração das políticas públicas, das estratégias corporativas e do comportamento individual. 

    O futuro da economia, da saúde e da própria vida depende da água. E talvez o maior desafio do nosso tempo seja simples de enunciar, mas difícil de cumprir, cuidar da água como quem cuida do próprio futuro. 

    Confira também: Governança – quando o silêncio custa bilhões

    * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.

    Luís Magalhães

    Luís Magalhães

    Luís Fernando Carneiro Magalhães é co-fundador e sócio-diretor da srtatup joseense O2eco Tecnologia Ambiental, cujo objetivo é deixar um impacto positivo no meio ambiente. Estudou Agronomia na UFFRJ e Business & Marketing na Universidade Católica da Austrália e na Universidade de Canberra.
    Compartilhe Facebook Twitter Pinterest LinkedIn WhatsApp Telegram Email Copy Link
    Notícias AnterioresParque da Cidade é palco de diversão para o Dia das Crianças em São José dos Campos
    Próxima Notícia Passarela de 134 km será construída para segurança aos romeiros no caminho até Aparecida

    Notícias Relacionadas

    A água que surge do ar: o Nobel que pode mudar o destino de um planeta sedento

    19 de outubro de 2025

    Governança – quando o silêncio custa bilhões

    5 de outubro de 2025

    Bioeconomia: a riqueza escondida que falta capital para florescer

    28 de setembro de 2025
    Inscrever-se
    Acessar
    Notificar de
    Acessar para comentar
    0 Comentários
    mais antigos
    mais recentes Mais votado
    Feedbacks embutidos
    Ver todos os comentários

    Disk




    NIPBR


    Assai novo Assai novo

    A spriomais é o primeiro portal jornalistico multidigital do Vale do Paraíba, com os principais acontecimentos da região, do Brasil e do mundo.

    email:
    jornalismo@spriomais.com.br

    Maior festival gastronômico do Vale do Paraíba, com 60 mil pessoas na edição de 2024, e que reúne os melhores restaurantes, bares e confeitarias de São José dos Campos.

    instagram:
    @mais_gastronomia
    email:
    comercial@spriomais.com.br

    Um canal onde as empresas e instituições podem divulgar seus balanços, editais, produtos e classificados. As pautas de entretenimento, ações sociais e 3º setor, também são destaques na publicação.

    email:
    comercial@spriomais.com.br 

    • Facebook
    • Twitter
    • Instagram
    • YouTube
    • LinkedIn
    • WhatsApp
    • Spotify
    © 2025 SPRIO SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO EIRELLI - spriomais 2025 © Todos os direitos reservados

    Escreva algo e precione Enter para buscar. Pressione Esc para cancelar.

    wpDiscuz
    Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se continuar a usar este site, assumiremos que está satisfeito com ele.