
Dalton de Oliveira, de 28 anos, que testemunhou o amigo Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, 21, mutilar as patas de um cavalo durante uma cavalgada em Bananal, está solicitando a instauração de inquérito policial para apurar crimes de difamação, calúnia, injúria e ameaça supostamente praticados por influenciadores e personalidades públicas nas redes sociais, como a cantora Ana Castela e a ativista Luisa Mell.
O pedido, formalizado pelo advogado Waldir Mexias Junior junto à Delegacia de Polícia de Bananal, alega que desde 18 de agosto, diversos influenciadores teriam divulgado publicações falsas e ofensivas sobre Dalton, atribuindo-lhe crimes que não cometeu e incitando violência contra sua pessoa.
Acusações específicas contra os investigados
De acordo com a documentação apresentada:
- Ana Castela teria publicado em seu stories do Instagram o perfil das redes sociais de Dalton com a legenda “o amigo que gravou e debochou é esse viu, tá aí o criminoso“, marcando suas redes pessoais.
- Luisa Mell teria publicado uma imagem de Dalton e Andrey juntos com a legenda “estes malditos cortaram as patas de um cavalo“.
- Gabriel Vittor (Indião do UsAgroboy) teria divulgado vídeos chamando Dalton de “criminoso”, “cúmplice, vagabundo e merda”, alegando que ele teria debochado do ato.
- Noraldino Junior, deputado estadual, e Glenda Cerezer, influenciadora do mundo equino, também são citados por supostamente propagarem informações falsas.
- Páginas de fofoca como Choquei, Central da Fama e Alfinetei são investigadas por republicar conteúdo afirmando que Dalton “filmou a tortura do animal”.
Medidas solicitadas
O advogado de Dalton requereu em sua petição:
- A instauração de procedimento investigatório
- Identificação dos autores das publicações
- Oficiamento às plataformas digitais para fornecimento de dados cadastrais, endereços IP e histórico de postagens
- Análise das condutas sob a ótica dos crimes contra honra e incitação à violência
Contexto do caso original
O caso do cavalo mutilado ocorreu em 16 de agosto deste ano, durante uma cavalgada na zona rural de Bananal. Segundo registros policiais, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, tutor do animal, confessou ter decepado as patas do cavalo com um facão, mas alegou que o animal já estaria morto.
Dalton, que acompanhava o amigo, testemunhou o ato e, conforme seu depoimento, ao perceber que Andrey iria sacar o facão, disse: “se você tem coração, melhor não olhar” e afastou-se do local.
Entretanto, o laudo pericial da Polícia Civil concluiu que o cavalo estava vivo quando sofreu as mutilações, contrariando a versão apresentada pelo tutor. A perícia constatou hematomas compatíveis com o animal estar vivo no momento dos golpes.
Inquérito policial em fase investigatória
O inquérito policial está em fase investigatória preliminar, destinada a reunir elementos para eventual propositura de ação penal. A instauração do inquérito não implica reconhecimento de veracidade das alegações, mas sim a necessidade de apuração dos fatos relatados.
O caso segue sob análise da Delegacia de Polícia de Bananal, que deverá adotar as providências necessárias para elucidação dos fatos.