Depois de umas boas férias e de uma gripe forte, ói nóis aqui travêis …
Em uma das minhas últimas colunas aqui neste espaço, escrevi que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia saído da toca, isso pouco antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
Bem, foi por pouco tempo. Bastaram meia dúzia de seis ou sete críticas mais pesadas e um vento de cauda para Tarcísio levar o aviãozinho de sua eventual candidatura a presidente da República em 2006 de volta ao hangar. Agora, como na última segunda-feira, após reunião com Bolsonaro e parte da prole do ex-presidente, Tarcísio jura de pé junto que sua meta é disputar a reeleição no Estado de São Paulo, deixando o sonho da Presidência para, quem sabe, 2030.
Será?
Tem gente que diz que o recuo de Tarcísio é tático, esperando a poeira baixar para despontar como candidato mais tarde, tendo como vice alguém de sobrenome Bolsonaro, mas sem a interferência indigesta de Eduardo Bolsonaro. Pode ser. Mas pode ser também que, frente ao cenário confuso, Tarcísio tenha optado, realmente, por aguardar 2030, ano em que não devemos mais ter o presidente Luís Inácio Lula da Silva na disputa direta pelo cargo e, quem sabe, um panorama menos conturbado na direita. Essa é uma novela digna de Glória Magadan. Vamos esperar …
Enquanto isso, o nome de Felício Ramuth (PSD) oscila para lá e para cá. É certo que o vice-governador do Estado, ex-prefeito de São José dos Campos, tem aparecido bem na fita, aqui e acolá, assim como é certo que ele tem aprendido, e bem, o caminho das pedras da política paulista, conquistando, cada vez mais, espaços importantes; mas, é tão certo quanto que seu futuro político ainda depende, e muito, da simpatia dos “caciques” que o cercam, como Tarcísio e Gilberto Kassab, homem-forte do PSD. Com Tarcísio buscando a Presidência, Felício teria oito meses à frente do Palácio dos Bandeirantes, com a desincompatibilização do atual governador. Com Tarcísio optando por disputar a reeleição, qual será o caminho de Felício?
Façam as suas apostas …
Lembrado, é claro, que política é como nuvem: você olha, está de um jeito; olha de novo, mudou tudo …
Segue o baile …
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