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    ESG na Prática

    A água invisível

    O consumo de água invisível expõe os desafios do Brasil, que apesar de ser “caixa d’água do mundo” convive com rios poluídos, pressões econômicas e a urgência de soluções sustentáveis como o crédito hídrico
    14 de setembro de 2025Nenhum comentário4 Minutos de Leitura
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    (Créditos: Banco de imagens)

    Na pressa da manhã, quase ninguém pensa no que está escondido dentro de uma xícara de café. Mas estudos brasileiros mostram que cada 125 ml servidos consomem, ao longo de toda a cadeia produtiva, entre 120 e 140 litros de água.

    É a chamada água invisível, o recurso natural usado para cultivar, processar e transportar aquilo que chega à nossa mesa.
    Quando ampliamos esse olhar, para a indústria têxtil o impacto fica ainda mais evidente. Uma única calça jeans pode consumir entre 3500 e 5200 litros de água.  Apenas multiplique esses litros ocultos por milhões de xícaras e jeans consumidas todos os dias e começamos a entender o tamanho do desafio que temos diante de nós.

    O paradoxo brasileiro

    O Brasil é muitas vezes chamado de “caixa d’água do mundo” uma metáfora popularizada por pesquisadores e órgãos ambientais porque o país concentra cerca de 12% de toda a água doce superficial do planeta, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA) e a FAO.


    Mas essa abundância convive com uma dura realidade, já são mais de 114 mil quilômetros de rios poluídos no território nacional, segundo a ANA. É quase três vezes a circunferência da Terra em trechos de água comprometida por esgoto e resíduos.


    E enquanto isso, a demanda não para de crescer. Só o estado de São Paulo consome quase 9 bilhões de litros de água por dia para abastecer famílias, indústrias e lavouras. Quanto mais poluídos os rios, maior o custo de tratamento, maior a pressão sobre os sistemas de saneamento e maior o risco de faltar água no futuro.

    A conta não é só ambiental


    Água de má qualidade significa também economia mais cara e saúde mais frágil. A OMS estima que 80% das doenças em países em desenvolvimento estão ligadas à água contaminada. No Brasil, já vemos surtos de diarreia, hepatite A e leptospirose em locais onde a qualidade hídrica é crítica.
    Além disso, a falta de água limpa pode travar a produção agrícola, elevar preços de alimentos e encarecer a energia. Portanto, o problema não fica só nos mananciais, ele bate direto no bolso e na mesa da população.


    Onde entra o ESG

    É aqui que entra a lógica do ESG. Empresas, governos e cidadãos não podem mais tratar a água como se fosse um recurso infinito. Precisamos de práticas que valorizem cada litro.

    Isso passa pelo reuso e pela economia circular, transformando o que hoje chamamos de esgoto em insumo e devolvendo água limpa aos rios. Exige também o investimento em tecnologias inovadoras, capazes de regenerar milhões de litros que antes seriam descartados, como soluções de bioengenharia e sistemas avançados de tratamento.

    Além disso, é necessária uma mudança cultural: consumidores mais atentos às suas escolhas, entendendo que até o café da manhã pode carregar litros de água invisível. E, por fim, tudo isso só se sustenta com uma governança sólida, traduzida em políticas públicas consistentes e fiscalização rigorosa, que deem prioridade absoluta ao uso inteligente da água.

    Você pode gostar: ESG avança no Brasil e empresas já sentem os primeiros ganhos

    O futuro: crédito hídrico

    Sem querer transformar o tema em uma narrativa, a solução pode estar no crédito hídrico. Assim como já acontece com os créditos de carbono, quem recupera, economiza ou devolve água limpa ao sistema poderia gerar créditos negociáveis.

    Empresas e governos que pressionam mais os recursos poderiam compensar seus impactos comprando esses créditos, criando um círculo virtuoso, premiar quem preserva, cobrar de quem desperdiça.
    O crédito hídrico pode se tornar um instrumento poderoso para financiar tecnologias, incentivar boas práticas e reduzir desigualdades no acesso à água.


    A cada xícara de café ou peça de roupa, lembramos que a água é o elo invisível que conecta agricultura, indústria, saúde e bem-estar. Se transformarmos consciência em ação, o Brasil pode se tornar referência mundial na preservação dos serviços ecossistêmicos hídricos garantindo segurança e saúde da água, sustentando a produção de alimentos e protegendo a vida das próximas gerações.

    Mais do que isso, ao colocar a água no centro da agenda, impulsionaremos a transição econômica necessária frente aos desafios das mudanças climáticas, construindo um futuro mais resiliente e regenerativo.


    Fontes: Agência Nacional de Águas (ANA), SESCRio, Instituto Água Sustentável, Climatempo, Water Footprint Network, FAO, OMS.

    * A opinião dos nossos colunistas não reflete necessariamente a visão do portal spriomais.

    Luís Magalhães

    Luís Magalhães

    Luís Fernando Carneiro Magalhães é co-fundador e sócio-diretor da srtatup joseense O2eco Tecnologia Ambiental, cujo objetivo é deixar um impacto positivo no meio ambiente. Estudou Agronomia na UFFRJ e Business & Marketing na Universidade Católica da Austrália e na Universidade de Canberra.
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