O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 24 horas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) explique o descumprimento das medidas cautelares que o proíbem de usar redes sociais.
Caso não haja resposta dentro do prazo, Moraes poderá determinar a prisão imediata do ex-mandatário.
A decisão foi tomada após a veiculação de imagens de Bolsonaro, nesta segunda-feira (21), em perfis de redes sociais.
Vídeos e fotos mostravam o ex-presidente em uma reunião com aliados do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, momento em que exibiu a tornozeleira eletrônica e falou brevemente com a imprensa.
Mais cedo, Moraes havia esclarecido que a proibição se estende também a transmissões, retransmissões ou publicações — inclusive em contas de terceiros — de vídeos, áudios ou transcrições de falas do ex-presidente.
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O ministro afirmou que o uso indireto das redes representa uma tentativa de burlar as medidas impostas, o que pode levar à revogação das cautelares e à decretação da prisão.
Entenda melhor as medidas contra Bolsonaro
Desde a última sexta-feira (18), Bolsonaro está obrigado a usar tornozeleira eletrônica, permanecer em casa das 19h às 6h e em tempo integral nos fins de semana e feriados.
Ele também está proibido de manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e de se aproximar de sedes diplomáticas.
As medidas foram determinadas a pedido da Polícia Federal, no âmbito das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
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