Close Menu
    Sobre a spriomais
    • Institucional
    • Equipe
    • Contato
    Escute a rádio spriomais
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube LinkedIn WhatsApp
    • Institucional
    • Equipe
    • Contato
    Facebook X (Twitter) Instagram YouTube Spotify LinkedIn WhatsApp
    spriomais
    • Notícias
      • Cidades
      • Cultura
      • Especiais
      • Esporte
      • Geral
      • Made In Sanja
      • Meio Ambiente
      • Mulher
      • Polícia
      • Política
      • Tecnologia
      • Turismo
    • Colunas
      • + Arte na Cidade
      • Animais Ok
      • Berlim Esporte Clube
      • Código Fonte
      • Cozinha sem Chef
      • Da janela do Helbor
      • Educação Conectada
      • ESG na Prática
      • Ofício das Palavras
      • Todas as Claves
      • Viva
    • Podcast Talk Mais
    • Branded
    • Acontece Mais
    • Publicidade Legal
    rádio
    spriomais

    SJC Billboard

    Você está em:Início » Preta Gil: quando a luz parte
    Artigo

    Preta Gil: quando a luz parte

    Autor: Fabrício Correia21 de julho de 2025Nenhum comentário4 Minutos de Leitura
    WhatsApp Facebook Twitter LinkedIn Email
    Compartilhe
    Facebook Twitter LinkedIn WhatsApp Email Copy Link
    Preta Gil: quando a luz parte

    Por que choramos a morte de alguém que nunca conhecemos pessoalmente? Porque certos seres humanos não pertencem apenas ao seu seio social. Pertencem ao mundo, à coletividade, ao tempo que transformam com sua presença e ao amor que despertam pela forma como vivem — e morrem.

    Preta Gil morreu. E com ela se apagou, por um instante, um tipo raro de luz: a luz de quem vive com coragem, entrega e verdade até o último suspiro. Aos 50 anos, a filha de Gilberto Gil, artista por si mesma, mulher intensa e imperfeita como todas as grandes, partiu deixando o Brasil com um nó na garganta e, mais ainda, com uma certeza diante dos olhos: a nossa própria finitude.

    Preta Gil morre aos 50 anos após batalha contra câncer no intestino

    Mas o que é, afinal, essa tal finitude? É o limite que contorna a vida como a moldura de um quadro. É o fato indiscutível de que estamos de passagem, de que um dia – cedo ou tarde – a última palavra será dita, o último abraço será dado, o último olhar lançado ao céu. Preta sabia disso. E não se escondeu.

    Ela expôs seu câncer, seu corpo machucado, sua fragilidade. Não por vaidade ou piedade, mas porque escolheu viver sua dor à luz do sol, como uma bandeira contra o tabu da doença, do sofrimento e da própria morte. Ela nos ensinou que a vida é feita também dos dias sombrios, das vísceras, dos hospitais, dos medos. E que nesses momentos, mais do que nunca, precisamos uns dos outros.

    A morte de Preta não se trata apenas da perda de uma artista, é também sobre isso, mas fundamentalmente um lembrete brutal de que a existência é breve. De que o tempo nos escapa entre os dedos. De que os amores não ditos, as reconciliações adiadas, os perdões não concedidos — tudo isso pode virar silêncio antes que tenhamos tempo.

    E, no entanto, mesmo diante da finitude, há beleza. Há beleza no corpo que se despede com dignidade, na mulher que canta apesar da dor, em Gilberto Gil, o pai, em silêncio, confiando à música o que o luto não sabe nomear, nas redes de afeto que surgem quando o fim se anuncia.

    Leia também: Ex-Malhação, Joana Balaguer elogia vida em São José dos Campos após morar 13 anos fora do país

    Preta viveu como quem sabe que está morrendo — e morreu como quem sabe que viveu bem. A morte dela não deve ser vista como tragédia, mas como revelação: a de que não importa quanto tempo temos, mas o que fazemos com ele. Ela dançou, cantou, amou, rompeu padrões, lutou por corpos livres, por mulheres potentes, por amores plurais. E mesmo doente, fez de sua batalha um gesto de amor coletivo.

    Quando perdemos alguém assim, algo nos acorda por dentro. De repente, percebemos que não temos tempo para mediocridades. Que precisamos amar mais. Perdoar mais. Dançar mais. Que precisamos nos olhar no espelho com mais doçura e menos cobrança. Que precisamos abraçar a vida com a coragem de quem sabe que ela tem fim.

    A morte da minha amada Preta nos obriga a parar — para lembrar que tudo que negamos, evitamos, retardamos… nos custa vida. E que morrer não é o oposto de viver, mas parte do mesmo mistério.

    Preta se foi. Mas deixou um chamado: não vivam pela metade. Não escondam suas dores. Não adiem suas verdades. Vivam, como ela viveu, com o coração escancarado, a voz afinada e a alma à flor da pele.

    Que a finitude da vida — com tudo que ela nos arranca — seja também o motor da nossa transformação. E que Preta, minha linda, nome que virou verbo e estado de espírito, onde estiver, siga cantando, agora em outra frequência, lembrando ao mundo que viver vale a pena, mesmo além do depois.


    Fabrício Correia é escritor, jornalista, musicoterapeuta e apaixonado por Preta Gil

    Você pode gostar: Em imersão na zona rural de São José, artista que viaja o mundo se reconecta com seu propósito de vida: ‘Confie no Universo’

    cantor cultura gilberto gil luto MPB musica musica brasileira preta gil
    Compartilhe Facebook Twitter Pinterest LinkedIn WhatsApp Telegram Email Copy Link
    Notícias AnterioresPrefeitura de Taubaté nomeia novo secretário de Saúde; saiba quem é
    Próxima Notícia Curso gratuito de construção civil abre inscrições exclusivamente para mulheres em SJC

    Notícias Relacionadas

    Museu Municipal de São José inaugura exposição em homenagem ao artista Egídio Rocci

    29 de setembro de 2025

    Museu de Taubaté recebe a exposição “Cães que Amamos”

    29 de setembro de 2025

    Berta Loran, atriz de ‘Escolinha do Professor Raimundo’ e ‘Zorra Total’, morre aos 99 anos

    29 de setembro de 2025
    Inscrever-se
    Acessar
    Notificar de
    Acessar para comentar
    0 Comentários
    mais antigos
    mais recentes Mais votado
    Feedbacks embutidos
    Ver todos os comentários

    Teatro Colinas




    NIPBR



    A spriomais é o primeiro portal jornalistico multidigital do Vale do Paraíba, com os principais acontecimentos da região, do Brasil e do mundo.

    email:
    jornalismo@spriomais.com.br

    Maior festival gastronômico do Vale do Paraíba, com 60 mil pessoas na edição de 2024, e que reúne os melhores restaurantes, bares e confeitarias de São José dos Campos.

    instagram:
    @mais_gastronomia
    email:
    comercial@spriomais.com.br

    Um canal onde as empresas e instituições podem divulgar seus balanços, editais, produtos e classificados. As pautas de entretenimento, ações sociais e 3º setor, também são destaques na publicação.

    email:
    comercial@spriomais.com.br 

    • Facebook
    • Twitter
    • Instagram
    • YouTube
    • LinkedIn
    • WhatsApp
    • Spotify
    © 2025 SPRIO SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO EIRELLI - spriomais 2025 © Todos os direitos reservados

    Escreva algo e precione Enter para buscar. Pressione Esc para cancelar.

    wpDiscuz
    Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se continuar a usar este site, assumiremos que está satisfeito com ele.