A Heineken anunciou um investimento de R$ 133,9 milhões em tecnologias de reuso de água em seis cervejarias, incluindo a de Jacareí, conhecida pelo tour “Inside the Star“.
Além disso, a multinacional atua em projetos de regeneração ambiental, incluindo agroflorestas (enriquecimento do solo) e recuperação de biomas, com foco em demonstrar resultados na COP30 (30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas), em novembro, na cidade de Belém.
Investimento
1. Reutilização da água nas cervejarias
- Como funciona: A empresa instalará estações de reutilização de efluentes (processos industriais e esgoto) tratados.
- Onde: Unidades de Igrejinha (RS), Araraquara/Jacareí, Ponta Grossa (PR), Alagoinhas (BA) e Igarassu (PE).
- Impacto: Redução de 11% na captação de novas fontes hídricas, somando-se aos 18% de economia já alcançados desde 2022.
2. Regeneração ambiental
Em Itu, a empresa vai restaurar 800 hectares com agroflorestas e o plantio de 400 mil mudas em 5 anos.
O objetivo é regular o ciclo da água e evitar erosão, com investimento de R$ 15 milhões.
Outra iniciativa na cidade, por meio de parceria com SOS Mata Atlântica, inclui um viveiro com capacidade para produzir 700 mil mudas por ano (110 espécies nativas).
Na cidade de Pacatuba, no Ceará, a empresa trabalha na restauração de 340 hectares de Caatinga (bioma pouco atendido).
Esta ação está na primeira fase, na qual técnicas de manejo de solo e ações para acessar a água por meio de comunidades rurais foram realizadas.
O programa é feito em parceria com BNDES, que vai investir R$ 10 milhões em soluções para segurança hídrica regional.
Leia mais: Sebrae abre mais de 350 vagas em cursos presenciais gratuitos para MEIs em Jacareí
Ligia Camargo, Diretora de Sustentabilidade do Grupo HEINEKEN, falou sobre este investimento e destacou a participação na COP30:
“Além de reduzir custos, queremos devolver 1,5 vez a água usada em regiões críticas. Esses projetos serão nossos trunfos na COP30, mostrando como o setor privado pode regenerar ecossistemas.”
Segundo a empresa, a meta é equilibrar o consumo nas bacias hidrográficas onde atua até 2030.