O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou réu por unanimidade no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
A decisão foi confirmada em votação nesta quarta-feira (26), quando todos os ministros da Primeira Turma do STF votaram a favor do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A denúncia aponta que Bolsonaro tinha conhecimento do plano denominado “Punhal Verde Amarelo”, que visava ações extremas, incluindo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Além disso, ele teria ciência da chamada “minuta do golpe”, documento que detalhava medidas para que pudesse continuar no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Bolsonaro réu: os sete nomes que respondem junto ao ex-presidente
Além de Bolsonaro, outros sete aliados próximos também se tornaram réus no mesmo processo, incluindo ex-ministros e altos oficiais militares:
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
- Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa)
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens de Bolsonaro)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército)
Com a decisão unânime do STF, tem início a fase de instrução processual, na qual serão analisadas as provas e ouvidas as testemunhas. Se condenados, os réus poderão enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.