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    ESG na Prática

    A fala do menino-CEO e a desigualdade persistente

    29 de setembro de 2024Nenhum comentário5 Minutos de Leitura
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    Às vezes, as lições mais valiosas vêm de onde menos esperamos. Recentemente, um jovem CEO causou uma polêmica ao afirmar que mulheres não deveriam ocupar posições de liderança. Para minha amiga Tati Leite, uma CEO admirável do setor cultural e socioambiental com a plataforma bemfeitoria.com, esse personagem ficou conhecido como o “menino-CEO” — um apelido que, devo admitir, cai perfeitamente.

    Por mais que essa visão seja retrógrada e limitante, a fala do menino-CEO trouxe à tona algo que, infelizmente, ainda é uma realidade no mercado de trabalho: a falta de igualdade entre homens e mulheres. Ao analisarmos sua visão míope, ficamos mais conscientes de como esse desequilíbrio persiste de forma sistemática em nossa sociedade. A questão é mais profunda do que uma simples opinião pessoal; ela é o reflexo de uma estrutura desigual e conivente que muitos preferem ignorar.

    Tallis Gomes é fundador, mentor, sócio e ex-CEO do G4 Educação, startup de educação de negócios; ele renunciou o cargo após fala machista
    Tallis Gomes é fundador, mentor, sócio e ex-CEO do G4 Educação, startup de educação de negócios; ele renunciou o cargo após fala machista (Crédito: Reprodução/ @tallisgomes)

    A desigualdade de gênero no Brasil é um fato inegável, e os números não deixam dúvidas sobre isso. Segundo dados do IBGE de 2023, as mulheres representam 51,8% da população brasileira, mas essa proporção não se reflete no mercado de trabalho, especialmente em cargos de liderança. De acordo com o instituto, apenas 37,4% dos cargos gerenciais no Brasil são ocupados por mulheres. Quando olhamos para a remuneração, a situação é ainda mais alarmante: as mulheres ganham, em média, 22% menos que os homens, mesmo quando possuem o mesmo nível educacional e ocupam posições semelhantes.

    Em setores como tecnologia, as disparidades salariais são ainda mais acentuadas, com algumas mulheres ganhando até 30% menos que seus colegas homens em funções semelhantes. Além disso, as mulheres estão altamente concentradas em setores como educação, saúde e serviços sociais, áreas que tradicionalmente oferecem salários mais baixos em comparação a setores dominados por homens, como tecnologia, construção e finanças.
    Globalmente, cerca de 75% das mulheres estão empregadas em setores classificados como “economia de cuidado”, como educação, saúde e serviços domésticos, enquanto apenas 25% trabalham em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).

    Esses números não só escancaram a falta de igualdade como também expõem a conivência de diversos setores com essa disparidade. A sociedade, de modo geral, perpetua essa desigualdade, muitas vezes de forma inconsciente, mas igualmente danosa. A invisibilidade dessas questões está enraizada em nossos comportamentos cotidianos, que, por sua vez, acabam reforçando estereótipos e limitando o progresso.

    A sociedade conivente

    Um fator interessante que percebi em conversas com amigas é que essa conivência não se restringe ao universo masculino. Muitas mulheres, influenciadas por anos de uma cultura que subestima suas capacidades, acabam também reproduzindo esses comportamentos. Ao aceitarem salários menores ou ao não reivindicarem posições de maior destaque, elas perpetuam um ciclo vicioso. Não se trata, evidentemente, de responsabilizar as mulheres pela situação, mas de reconhecer que o problema é sistêmico e demanda uma reeducação coletiva tanto de homens quanto de mulheres e começando dentro de casa, mostrando às nossas meninas o quanto elas são capazes e que podem conquistar tudo o que desejarem.

    Felizmente, iniciativas estão sendo tomadas para tentar equilibrar essa balança. Na Europa, uma “task force” foi formada recentemente com o objetivo de incluir, nos anuários e relatórios financeiros das empresas, dados que evidenciem a disparidade salarial entre homens e mulheres. Essa medida visa não apenas aumentar a transparência, mas também pressionar o mercado a adotar práticas mais justas e igualitárias. Trata-se de uma tentativa de corrigir uma falha histórica que, até hoje, persiste nas corporações e é passada em geração para geração.

    Voltando ao caso do menino-CEO, é irônico que, apesar de sua declaração, um efeito positivo tenha surgido: a oportunidade de expor, mais uma vez, a realidade de um mercado de trabalho desigual. Há, claro, quem diga que as coisas estão melhorando, e, de fato, temos observado avanços. Mas, como os números do IBGE e outras pesquisas indicam, ainda há muito a ser feito.

    A fala desse CEO, por mais insensata que tenha sido, nos obriga a relembrar que ainda há uma longa jornada pela frente. E, mais do que isso, ela nos coloca frente a frente com a nossa responsabilidade como sociedade. Ignorar ou minimizar essas questões seria perpetuar o problema e sermos coniventes. O que precisamos é de ações verdadeiras, de iniciativas que mudem de fato o cenário, e não de mais discursos vazios. Precisamos de líderes que entendam que a igualdade de gênero não é apenas uma questão de justiça social, mas também de desenvolvimento econômico e inovação. Empresas que promovem a equidade tendem a ser mais produtivas, lucrativas e resilientes a crises econômicas, sanitária etc., pois se beneficiam da diversidade de pensamentos e experiências.

    Que essa mudança venha rápido, e que nós, homens, sejamos os maiores apoiadores, abrindo caminho para um futuro em que o sucesso seja medido pela capacidade, não pelo gênero.

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    Luís Magalhães

    Luís Magalhães

    Luís Fernando Carneiro Magalhães é co-fundador e sócio-diretor da srtatup joseense O2eco Tecnologia Ambiental, cujo objetivo é deixar um impacto positivo no meio ambiente. Estudou Agronomia na UFFRJ e Business & Marketing na Universidade Católica da Austrália e na Universidade de Canberra.
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