O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal ao lado de mais 16 pessoas nesta segunda-feira (23) em investigação que apura um suposto esquema de falsificação de vacinas.
O processo agora segue para as mãos da Procuradoria-Geral da República, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração. No início do ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que o cartão de vacinação contra a covid-19 de Bolsonaro é falso.
A Polícia Federal aponta que os dados foram adulterados para que o ex-presidente pudesse viajar aos Estados Unidos, no final de 2022. Na época, o comprovante de vacinação era exigido para a entrada de estrangeiros no país.
O inquérito revela que, além de Bolsonaro, os dados de vacinação de pelo menos outras seis pessoas foram falsificados.
O indiciamento indica que a PF acredita ter reunido elementos suficientes para responsabilizar um investigado por um crime específico.
Com base nessas evidências, a Polícia Federal encaminha o caso ao Ministério Público. Como o inquérito está sob a jurisdição do Supremo, o indiciamento será analisado pela Procuradoria-Geral da República.
Cabe aos procuradores do Ministério Público avaliar as provas reunidas pela polícia e decidir se há fundamentos suficientes para levar o caso aos tribunais. Se houver, o Ministério Público apresentará uma acusação formal.
O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi igualmente indiciado pela Polícia Federal. Ele é acusado de ser o responsável por organizar a produção de cartões falsificados de vacinação contra a covid-19 para o ex-presidente e seus familiares. Durante um novo interrogatório conduzido pela PF na semana passada, Mauro Cid respondeu a questões relacionadas à investigação.
Esta foi a sétima vez que Mauro Cid compareceu à sede da Polícia Federal. Em três ocasiões anteriores, optou por manter-se em silêncio. No entanto, após ter firmado um acordo de delação premiada, o coronel passou a responder a todas as perguntas.
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