O risco de desenvolver efeitos colaterais graves após tomar a vacina contra a Covid-19 é de apenas 0,00066%, foi o que revelou o maior estudo já feito sobre o assunto.
Especialistas afirmam que os riscos de ter reações adversas, na realidade, são maiores quando alguém não vacinado é infectado pelo vírus e os benefícios da vacinação são superiores aos perigos em potencial.

A pesquisa divulgada na revista Vaccine no último dia 12, é da Global Vaccine Data Network – um braço da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As vacinas analisadas são de empresas como a Pfizer, Moderna e AstraZeneca, que foram associadas a ocorrências raras de doenças cardíacas, cerebrais e sanguíneas.
Foram estudadas 13 condições médicas consideradas como “eventos adversos de interesse especial” em uma população de 99 milhões de pessoas de oito países. Dessas, apenas 150 mil apresentaram algum efeito colateral grave.
Desde quando a pandemia de Covid-19 foi declarada pela OMS, em março de 2020, mais de 13,5 bilhões de vacinas contra a doença foram administradas no munto todo.
Conforme a pesquisa, em novembro de 2023, ao menos 70,5% da população mundial tinha recebido ao menos uma dose do imunizante contra o vírus.
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Doenças mais observadas em quem foi vacinado
Os pesquisadores monitoraram se algum evento não esperado aconteceu pelos 42 dias seguintes à vacinação. Entre as doenças graves mais observadas de quem tomou a vacina, estão as seguintes:
Miocardite: casos raros da doença, que provoca uma inflamação no coração, foram identificados na primeira, segunda e terceira doses das vacinas de mRNA da Pfizer-BioNTech e Moderna. A taxa mais alta foi observada após a segunda dose da Moderna (6,1 vezes a taxa esperada de casos).
Pericardite: a doença cardíaca ocasiona inchaço e irritação na membrana fina em forma de saco que envolve o pericárdio. Ela apresentou um risco 6,9 vezes maior naqueles que tomaram uma terceira dose da vacina de vetor viral da AstraZeneca, enquanto a primeira e a quarta doses da vacina da Moderna tiveram um risco aumentado de 1,7 e 2,6 vezes, respectivamente.
Síndrome de Guillain-Barré: aqueles que tomaram a vacina da AstraZeneca tem um risco 2,5 vezes maior de desenvolver a rara doença imune em comparação com a taxa observada pelos cientistas. Para a mesma população, há também um risco 3,2 vezes maior de desenvolver coágulos sanguíneos.
Distúrbio neurológico encefalomielite disseminada aguda: houve um risco 3,8 vezes maior de desenvolver o distúrbio após a administração da vacina Moderna, e um risco 2,2 vezes maior após a vacina da AstraZeneca.
O estudo completo em inglês pode ser lido neste site.
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