Após os desembargadores Luis Fernando Nishi e Miguel Petroni Neto da 2º Câmara Reservada ao Meio Ambiente do Tribunal de Justiça de São Paulo determinarem a remoção imediata das famílias do Jardim Nova Esperança no Banhado, os moradores pedem por paz neste fim de ano. Eles também temem que o caso se torne em uma trágica desocupação como a do Pinheirinho.
A manifestação foi feita por meio de comunicado da Diretoria de Associação de Moradores do Jardim Nova Esperança nesta segunda-feira (18).

A associação afirma que “ao invés de adotar a solução ótima ao caso concreto, promovendo a regularização fundiária associada às melhorias ambientais, o Município,
por sua atividade legisladora, criou obstáculo instransponível, não encontradiço na lei estadual incidente sobre o mesmo território, de modo a sacrificar um dos direitos
envolvidos (direito à moradia) para o atendimento de outro, sem estar subsidiado em estudo técnicos ou participação popular legitimadores de sua decisão.”
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Os moradores pedem pela reversão da determinação para que possam ter um “bom natal” com suas famílias, sem o medo de perderem suas casas no Banhado. Além disso, temem que o caso se agrave, já que a Justiça determinou que a prefeitura poderá fazer uso de reforço policial na remoção.“Não queremos outra barbárie como a ‘desocupação’do Pinheirinho em nossa cidade. Queremos a regularização e a urbanização de nosso bairro e de todos os bairros ainda não regularizados e urbanizados de São José dos Campos”, diz o comunicado.
Na carta, foi citado ainda o nascimento do menino Jesus, que perseguido pelo rei da época tinha como missão livrar o mundo de injustiças.” Há cerca de 2024 anos um menino nasceu numa manjedoura, fugindo da polícia de Herodes para livrar o mundo do mal e da opressão, e se nesta semana relembramos estes acontecimentos, esperamos que esta memória não seja em vão em nossa cidade”.
Na tarde desta segunda-feira (18), a Prefeitura de São José dos Campos realiza uma coletiva de imprensa para tratar do assunto.
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