São José dos Campos também foi campeã da Libertadores 2023. Ou ao menos pode-se dizer que a cidade tem uma pontinha na conquista do Fluminense em cima dos argentinos do Boca Juniors no último sábado (4), no Maracanã.
O responsável por esse elo é Roberto Tupinambá, fisioterapeuta do clube carioca e joseense de coração.

Nascido do Rio de Janeiro, Roberto veio para São José com a família em 1992, aos 14 anos. Alguns anos depois, porém, enquanto parte dos familiares seguiu no Vale do Paraíba, ele voltou ao Rio para estudar fisioterapia.
A carreira vitoriosa começou com um estágio na Federação de Atletismo do Estado do Rio de Janeiro, onde cuidou da prevenção e recuperação de atletas do Time Brasil em 2000. Na sequência, passou dois anos como estágiário de fisioterapia do atual rival Flamengo.
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A saída do rubro-negro deu lugar à sua primeira experiência internacional. Entre 2005 e 2006 o fisioterapeuta foi responsável por cuidar da recuperação do ex-lateral Gilberto durante lesão muscular sofrida na época em que atuava pelo Hertha SBC, da Alemanha.
A volta para São José aconteceu no finzinho de 2006, quando chegou para ser o coordenador da equipe de fisioterapia desportiva do Primeira Camisa, clube fundado pelo joseense pentacampeão mundial Roque Júnior. Ficou até 2009 pela cidade e logo em seguida veio a oportunidade de trabalhar no tricolor carioca.
A história com o Fluminense se estende desde 2010 – com um hiato de pouco mais de um ano no Tianjin TEDA FC, da China. No tricolor, participou de títulos como os Campeonatos Brasileiros de 2010 e 2012 e as conquistas do Campeonato Carioca em 2012, 2022 e 2023.
O grito de campeão mais recente, no entanto, com certeza teve um sabor especial. Em um dramático 2 a 1, cravado com gol na prorrogação, o “carioca-joseense” foi campeão da Libertadores pela primeira vez junto ao elenco comandado pelo técnico Fernando Diniz, com quem dividiu a alegria em campo após o apito final.