As demissões na GM (General Motors) atingiram 800 pessoas em São José dos Campos. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal) da cidade, que aponta que o número equivale a 20% dos trabalhadores da planta.
Em resposta aos cortes, funcionários penduraram uniformes na portaria da fábrica como forma de protesto nesta quarta-feira (25).
“O varal de uniformes simboliza a luta em defesa dos empregos e chama a atenção da sociedade para que todos se unam a essa mobilização”, afirmou Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município. “Seguiremos firmes na greve e na batalha para cancelar os cortes arbitrários”.
De acordo com o sindicato, o número de dispensados só foi informado pela empresa na noite da última terça (24). A fábrica possui cerca de 4 mil trabalhadores e produz 150 carros por dia.
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Este é o terceiro dia de greve contra as demissões anunciadas pela montadora no último sábado (21). Os cortes aconteceram apesar do acordo de layoff com garantia de estabilidade assinado pela GM, em junho.
Amanhã (26), um novo ato será realizado às 9 horas, na sede do Sindicato, em São José dos Campos. A manifestação seguirá pelo centro da cidade.
Sindicatos pressionam governos de São Paulo e federal
Os sindicatos dos metalúrgicos que representam os trabalhadores da GM em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes pressionaram os governos de São Paulo e federal para que se envolvam na crise causada pelas demissões em massa anunciadas pela montadora na última semana.
Em resposta às cobranças, o governo de São Paulo agendou uma reunião com as entidades para esta quarta-feira (25), às 17 horas, com o secretário da Fazenda e Planejamento Samuel Yoshiaki Oliveira Kinoshita. O encontro será realizado na sede da Secretaria da Fazenda, em São Paulo.
Os sindicatos também enviaram carta ao governo Lula (PT), solicitando reunião com a Presidência e o Ministério do Trabalho em caráter de urgência para discutir medidas em socorro dos trabalhadores.
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